Eu continuei a andar em direção à cidade de Nova York, num passo normal, para elas conseguirem acompanhar.
"Ainda não responderam. Comboio ou Autocarro? Comboio é de certo mais rápido"
Sofia e Silena seguiam atrás de mim, lado a lado.
"Então vamos de comboio", Silena disse, com um pequeno sorriso determinado.
"Quanto dinheiro é q trouxeram?", perguntei, já não andava no expresso de Nova York à muito tempo, e de certo não seriam bilhetes baratos.
"Eu tenho 50$..", Silena suspirou mostrando a nota que trazia na carteira.
Virei-me para trás para falar de novo, pelo canto do olho percebi Sofia a vasculhar a sua mala, os seus sedosos cabelos negros caiam-lhe pelos ombros de forma graciosa. Acho que fiquei a olhar por alguns segundos, antes das palavras voltarem a fluir.
"Ai nós vamos virar mendigos... eu trouxe 200$, mas eu não sei se chegará para uma passagem sequer..", comentei, como uma lamúria para o céu, podiam cair umas notinhas. Qualquer que fosse o deus do dinheiro, desejava que estivesse do meu lado, ou que me desse alguns mil paus ou assim.. (Autor aq, paus em pt pt quando se fala de dinheiro é equivalente a euros, no caso aqui seriam dólares <3)
"Encontrei!", a filha de Hades exclamou, elevando um pequeno cartão negro, que captou o meu olhar num instante, "Eu trouxe esta cena aqui, mas não sei pra que serve.."
Silena quase se engasga com a própria saliva ao ver o cartão na mão de Sofia, o mesmo tinha no nome Hades escrito na frente do objeto, em letras douradas e bem desenhadas.
"ISSO É O CARTÃO DE CRÉDITO DE HADES?!??!", eu depois apercebi-me de que gritei, "Desculpem", limpei a garganta e tossi um pouco, "O teu pai deu-te o luxo de teres um cartão de crédito que muito provavelmente é infinito?"
"O que é um cartão de crédito?"
Ela olhou-me confusa, por pequenos momentos senti-me perdido nos seus lindos olhos cor de obsidiana, mas depois regressei ao meu corpo.
"Isso que tens na mão, tem muitos dólares aí dentro. E vindo de um deus, devem ser muitos mesmo"
"Entendi.... Mas como cabe tanto dinheiro neta coisa fina?"
"Máquinas, elas leem números.. e o dinheiro que isso contêm deve ser um número com muitos zeros.."
"Ok.... Então isso aqui basta para nós irmos até Los Angeles?"
"Provavelmente", agora já não olhava para a morena, apenas para o cartãozinho que ela segurava. O meu ladrão Nova-iorquino interior queria muito pôr-lhe as mãos em cima e voar de volta para a Inglaterra, mas não o podia fazer agora.
"Então ok..."
A rapariga (kkk tinha que aproveitar) estende-me o cartão. Os meus olhos exibiram um pequeno brilho, e eu tive que me segurar para não desatar a correr e roubar o cartão. Sofia então fecha a bolsa e ajeita-a novamente nas costas. Eu guardo o cartão numa bolsa que era tipo um cinto e tinha vários bolsinhos mais pequenos
"Continuando"
Eu continuo a andar, elas seguem-me, foram longos minutos a caminhar, talvez até uma boa hora. Já nem sei quanto tempo era de Montauk para a cidade onde supostamente morava.
Passámos a floresta e entrámos na cidade de Nova York depois de pelo menos uma hora e pouco, comecei a contar quando sem querer o sol me disse as horas. Estou a brincar. Encontrámos uma estação de comboio rapidamente, eu conhecia a cidade como a palma da minha mão, pela minha própria infelicidade. As duas moças estavam tão silenciosas que chegava a incomodar, talvez sejam só as vozes da minha cabeça a serem paranoicas de novo. Parei perto de uma bilheteria e comprei três bilhetes para um comboio que partiria daqui a meia hora, o que era bom, sem paragens, demoraríamos para aí uns três ou quatro dias, o que era maravilhoso. E ainda não nos tínhamos cruzado com monstros nenhuns, o que também era uma vitória.
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A Storm in The Underworld -- (PJO fanfic//Meu UA) --
Fiksi PenggemarAlexander Simons, um rapaz normal, com uma vida normal. Certo? Errado. Bem, errado desde que se mudou de Brighton. Tudo mudou, ser expulso da escola todos os anos era uma rotina agora. Um dia, ele fugiu, e sua vida mudou para sempre. Ele precisava l...