Os barulhos dos grilos ainda eram escutados por toda a floresta, o lago azul cristalino ainda brilhava em todo o seu esplendor. A lua ainda continuava brilhando e sendo refletida na água cristalina.
O lugar onde estava Izuku, estava de volta ao normal como se nada tivesse acontecido, a chão continuava molhado pelas lágrimas dele e ainda tinha resquícios de sangue no chão.
Porém, não tinha nem sinal do garoto, era como se ele nunca tivesse estado ali, ele tinha simplesmente desaparecido.
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Izumi batia o pé diversas vezes no chão de forma inquieta, já eram quase 7 da noite e seu irmão ainda não tinha voltado para casa, isso a estava deixando aflita. Cansada de esperar, ela se dirigiu à cozinha onde se encontrava sua mãe.
- Mãe, eu tô preocupada com o Izuku. - Disse Izumi de forma preocupada olhando para a sua mãe que nem se deu ao trabalho de encarar de volta.
- Aquele inútil deve apenas ter se perdido, se ele continuasse perdido para sempre... - Inko sussurrou a última parte apenas para si.
- Mãe, não tô brincando, acho que alguma coisa aconteceu com o Izuku. - Disse Izumi de forma preocupada, ela tinha ouvido o que sua mãe tinha dito, mas agora ela não tinha mais ninguém para recorrer ajuda.
Se ela tentasse conversar com outros heróis, provavelmente iriam ignorar, afinal a vida de um Quirklees não tem importância.
- Izumi, vá dormir. - Disse Inko com um tom de voz autoritário, pela primeira vez virando seu rosto e encarando Izumi.
- Mas mãe... - Tentou continuar Izumi para convencer sua mãe.
- AGORA! - Gritou Inko irritada com aquele encheção de saco, ela levantou a mão direita enquanto apontava para a escada.
Izumi assumiu uma expressão extremamente irritada, e de forma irritada, subiu as escadas, a forma como sua mãe não ligava para seu irmão mais velho, a enchia de uma raiva imensa.
- Porra... Até mesmo quando aquele inútil não está aqui, ele causa problemas. - Disse Inko de forma estressada enquanto massageava a testa, estendendo a mão até uma porta de um pequeno armário que tinha em cima de si, ele tirou de dentro dela, uma garrafa de Whisky. Abrindo a tampa, ela bebeu a garrafa em uma só dose, descendo como ácido pela sua garganta.
Inko Midoriya era uma alcoólatra, corrupta e narcisista. Isso se podia ter certeza.
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Vazio.
Era isso que poderia descrever aquele espaço, um espaço completamente escuro, sem qualquer tipo de resquício de luz, ou qualquer tipo de tempo. Era como se fosse uma dimensão onde o Big Bang não teria acontecido. Um espaço onde o espaço e tempo não existe, onde o próprio vazio não existe.
O próprio "nada" não existe.
E flutuando no meio de tudo aquilo, se encontrava Izuku Midoriya.
Seu corpo estirado como se estivesse flutuando, o que não fazia sentido, já que nada existia naquele espaço.
Os seus olhos de repente se abriram, porém como naquele "espaço" não existia luz, ele não conseguia ver nada. Quando Izuku tentou falar alguma coisa, a sua voz saiu extremamente baixa, era como se aquela dimensão não permitisse a existência de algo, nem mesmo ondas sonoras.
Sem o conhecimento de Izuku, aquele "vazio" começou a fazer um redemoinho na sua frente, grandes tentáculos negros giravam formando um redemoinho. De repente, aquele redemoinho se desfez, mostrando um ser completamente feito de escuridão, seus olhos vermelhos sangue brilhando em pura maldade, era como se aquele ser fosse a personificação física daquela dimensão.
Pelo brilho nos olhos daquele ser, Izuku conseguiu ver alguma coisa, a única coisa visível para ele eram os olhos vermelhos sangue brilhando em puro divertimento.
- Finalmente, nos encontramos Izuku Midoriya... - Diferente da voz de Izuku, a voz extremamente grave de ser ecoou por toda aquela dimensão.
- Q-Quem é você?! - Pergunta Izuku, surpreendido pela sua voz finalmente ter saído.
- Calma, Calma, vamos conversar em um lugar mais aconchegante. - Estralando o seu "dedo", se é que aquilo era uma mão, independente disso, o ambiente começou a mudar, de repente, todo aquele local mudou, em vez agora do vazio, embaixo do Izuku se encontrava um chão. Como mágica, diversas tochas começaram a acender pelas paredes completamente negras, que tinham se formado junto com o chão, daquele local, porém o fogo daquelas tochas era negro, como se a escuridão estivesse gerando luz.
Em passos lentos, o jovem garoto começou a caminhar em direção a frente, seguindo as tochas, por onde Izuku caminhava, as tochas se acendiam como se estivesse guiando ele em direção algum local, aquele ser de antes tinha sumido.
Andando por alguns minutos, Izuku chegou em uma área mais plana daquele local, na sua frente se encontrava uma grande escadaria também feita de escuridão, no topo da escadaria se encontrava um altar, em cima do altar se encontrava um trono negro, sentado naquele trono se encontrava aquele mesmo ser de antes encarando Izuku com o que parecia ser um sorriso de divertimento.
- Que lugar é esse? - Pergunta Izuku, seu tom de voz, frio e sério, seu comportamento estava diferente do Izuku de antes.
- Ora, Ora, Ora, parece que você realmente quebrou de vez. - Soltou uma risada de escárnio encarando Izuku que continuou com seu olhar frio, o ser apoiando seu rosto em sua mão direita, continuou dizendo. - Antes de mais nada, deixe eu me apresentar, eu sou Damon, ou a encarnação do mal. - Disse Damon continuando com seu sorriso divertido no rosto.
-"Encarnação Do Mal?" - Pergunta Izuku de forma séria encarando Damon.
- Eu já tive outros nomes. - Disse balançando a mão direita no ar. - No Cristianismo, eu sou aquele a quem se referem como o "Diabo", "Lúcifer", "Beelzebub". Na religião Tupi-Gaurani, eu posso ser chamado de Anhangá, entre outros. No geral, podemos dizer que eu sou o lado "mal" do mundo. - Disse Damon com seu sorriso nunca desaparecendo.
- Certo, mas o que eu tenho a ver com isso? - Pergunta Izuku encarando Damon com um olhar sério.
- Simples, a minha alma foi completamente destruída na minha última luta contra as "forças do bem", e com isso, eu perdi a minha capacidade de interagir com o mundo humano, depois de 1000 anos me recuperando, eu finalmente consegui forças para interferir novamente no mundo humano, porém eu precisava de um hospedeiro com ódio o suficiente para me conter e você, Izuku Midoriya, você é o hospedeiro perfeito. - Disse Damon enquanto se levantava do trono e apontava com seu dedo para Izuku. - Você, nascido como Quirklees, desprezado a vida inteira, carrega em sua alma, o ódio que eu nunca tinha visto em nenhum outro ser, isso o torna perfeito para mim. - Disse Damon encarando Izuku enquanto continuava apontando para ele.
- Então, você quer que eu sirva como receptáculo para que você volte a vida? - Pergunta Izuku de forma calma para Damon.
- Não, eu irei me unir com você, eu serei você, e você será eu, nós seremos um só, o meu desejo será o seu desejo e o seu desejo será o meu desejo. E eu sei muito bem o que você deseja, você deseja Destruição. - Disse Damon abrindo os seus braços encarando Izuku com um grande sorriso. - Você deseja fazer todos pagar, você deseja destruir essa sociedade, você deseja tudo. Ira, Ganância, Inveja, Luxúria, Gula, Orgulho e Preguiça. Todos os pecados primordiais, você carrega consigo, e eu te ajudarei a conseguir todos eles, eu mudarei tudo para você! - Terminou de falar, Damon enquanto encarava o rosto de Izuku que continuou com seu olhar frio, porém agora, os seus olhos esmeralda brilhavam em desejo.
Estendendo sua mão direita, de repente, a forma de Damon começou a se desfazer enquanto era sugado para dentro da palma da mão de Izuku, todo aquele espaço começou a tremer enquanto Izuku absorvia Damon.
Terminando de absorver, nos é mostrada uma imagem do coração de Izuku, bombeando sangue normalmente. De repente, todas as veias do coração começaram a ficar negras, o coração começou a acelerar o batimento em um ritmo desumano, enquanto cada vez mais o coração dele ficava negro, de repente o coração para de bater.
Izuku Midoriya estava morto.
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O Mal Encarnado
FanfictionCorrupção... A alma de um jovem garoto foi corrompida, o mundo o corrompeu. Preconceito, Descriminação... Isso resumia a vida desse garoto. Família? O tratava como uma escória, sendo seu único ponto de salvação, sua irmã. Amigos? O Desprezavam, o...