Beatriz Benfica se muda para o Maranhão, mas encontra uma inimiga em Rayssa Leal. Após brigas e desentendimentos, uma trégua revela sentimentos inesperados entre elas. Uma história de amor, superação e autoconhecimento.
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Beatriz Benfica
Sabrina e Felipe estavam praticamente se comendo na minha frente, eu meio que não ligo pra isso; só acho meio estranho porquê eu jamais faria isso na frente das pessoas.
Minha cabeça estava encostada na costa do Felipe enquanto eu conversava com Alice pelo celular, ela estava falando o quanto amava a Paige e estava louca para ir nas olimpíadas conhecê-la.
— você é muito boa nisso, ray. — Luara praticamente gritou. Acho que ela tava tentando chamar a minha atenção pra eu ver o quanto ela admira a Rayssa, eu pouco ligo pra isso. — queria aprender a fazer que nem você.
— que meninazinha mais insuportável... — Felipe resmunga enquanto negava com a cabeça. Eu super concordo, Felipe, mas uma pena que eu não posso falar em voz alta.
Volto minha atenção para o celular depois que sentir ele vibrar mais uma vez, Alice tinha me mandado mais uma mensagem.
— você pode aprender se quiser. — Rayssa fala em um tom meio baixo, mas como eu escuto MUITO bem de longe ou de perto. Por que falou tão baixo, ray?
— você vai me ensinar? — Luara subiu na pista sem nem pedir, como sempre falando quase gritando. Bom, eu só estava olhando.
— sobe aqui. — Rayssa falou enquanto deu um pulo para sair do skate, a menina toda animada subiu no mesmo com um sorriso deste tamanho.
— olha ali, amor. — bina falou enquanto apontava. Odeio que Sabrina não sabe disfarçar muito bem.
— Rayssa! — Felipe grita. — sem ensinamentos, quem vai competir é ela ou você? Desculpa, Luara, mas não pode agora.
Luara saiu dali como se não tivesse feito nadinha de errado. Adoro que ela sempre faz as melhores caras quando alguma coisa que ela planejou dá errado.
Felipe se remexe fazendo minha cabeça escorregar e eu sem querer tacar ela no chão, o barulho que fez foi tão alto que até as duas que estavam muito longe se viraram para olhar. (Eu passo o dia todo caindo e me machucando)
— puta que pariu, Felipe! — Sabrina fala em um tom mais alto correndo pra me ver, ela olhou todos os cantos da minha cabeça pra ver se tinha achado alguma coisa. Estava doente um pouco, só isso.
— desculpa, cu. — disse Felipe. Olhei para ele com a mão na cabeça e ainda com a minha careta no rosto. Cu? Não acredito que agora eu tenho esse apelido.
— o que?! — eu disse. — você tá sendo criativo demais nos apelidos, prefiro ser chamada de "cunhadinha" mesmo.
— "cu"! — ele me olha rindo, que menino besta. — de "cunhada".
