Beatriz Benfica se muda para o Maranhão, mas encontra uma inimiga em Rayssa Leal. Após brigas e desentendimentos, uma trégua revela sentimentos inesperados entre elas. Uma história de amor, superação e autoconhecimento.
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Beatriz Benfica
Falta exatamente 7 dias para as olimpíadas e eu tenho que escutar bina falar 24 horas sobre isso, já que o namorico dela vai estar lá, ela obviamente também vai.
Ver ela choramingando; dizendo que queria muito que eu fosse pra não deixa-la sozinha é muito chato, eu sei que ela não vai sentir muito a minha falta porquê Felipe vai está com ela em todos os momentos.
Eu já falei umas milhões de vezes que mesmo que eu tivesse oportunidade de ir, eu jamais iria, a pior coisa é ficar vendo aqueles skatistas fazendo manobras estranhas que eu nem sei o nome, nem se eu estivesse muito louca eu iria.
— por favor, bia, eu tô te implorando! — ela fala mais uma vez, parece não se cansar de levar um "não" várias vezes. Sabrina era muito insistente.
— você aprendeu a ser tão insistente assim com quem em? — parei de pintar e olhei para a menina por cima do ombro. Com minha tia que não foi, ela expulsou o tio de casa na primeira oportunidade (insistente jamais!)
— nossa, você é insensível demais, Beatriz, coitada. — ela se sentou na cama, parecia incrédula. Coitada de quem? De mim, só se for.
— coitada?! — revirei os olhos durante a pintura, engraçado que eu não parava de pintar. É meu hobby favorito.
— sim, a Rayssa vai ficar sem beijinho de boa sorte? — não tem um dia sequer que Sabrina não cite essa menina nas nossas conversas! Peguei meu desenho, me levantei e saí do quarto sem falar um "piu".
Desci as escadas rapidamente sem parar, meu pai estava almoçando junto com a minha mãe, os dois foram os últimos a comer porquê demoraram demais na reunião.
Sentei em uma cadeira qualquer da mesa e continuei a fazer o que eu estava fazendo, em silêncio dessa vez, tudo é melhor com o bonzinho do meu silêncio.
— está brava, bibia? — o homem passou a mão pelo meu cabelo. Por mais que eu estivesse sim com ódio eu não poderia descontar isso justo no meu pai.
— que nada, pai. — dei um leve sorrisinho que logo se fechou quando olhei de volta para o desenho. Pude ver eles se olhando e assentindo com a cabeça.
— eu sei que está triste por não poder ir nas olimpíadas, filha. — minha mãe começou. O que? Como assim triste!! — por isso eu e seu pai resolvemos comprar sua passagem para Paris! — nossa, com essa eu até arregalei os olhos bem arregalados.
— eu não quero, mãe, obrigada! — dei outro leve sorriso para disfarçar a minha cara de merda. O que é isso? Eu nem pedi nada!