Beatriz Benfica se muda para o Maranhão, mas encontra uma inimiga em Rayssa Leal. Após brigas e desentendimentos, uma trégua revela sentimentos inesperados entre elas. Uma história de amor, superação e autoconhecimento.
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Beatriz Benfica
Já passou uma semana que isso tudo aconteceu.
Lucas ainda continua ameaçando e falando que quando Rayssa me machucar, eu posso ligar para ele e pedir ajuda. Segundo ele, eu vou precisar e muito!
Rayssa viaja para Roma daqui há um dia. Eu não vou com ela por motivos de trabalhos, mas prometi ficar aqui enquanto ela não volta. Mentira, eu vou sim, mas ela não precisa saber quando.
— oi, amor. — Rayssa fala quando abriu a porta animada, adentrei na casa com raiva, fazia um tempão que eu batia e nada. Respirei fundo passando pela menina, bati o braço no seu ombro e ela me olha assustada. — o que aconteceu?
— nada, Rayssa. — disse com firmeza.
Hoje meu dia foi um saco, ter que aguentar esses resmungos desse idiota nos meus ouvidos era a pior coisa do mundo e eu não tô nem brincando.
Lavei as mãos, indo até a geladeira e pegando uma garrafa d'água, sentei no banco atrás do balcão e bebi a água sem falar mais nada.
— você não estava assim quando saiu daqui hoje de manhã. — ela se aproxima, andando devagar e sentando logo na minha frente. Revirei os olhos. — amor, pode me falar...
— eu tô cansada! — já comecei com essa voz trêmula, se eu fizesse mais um esforço já estaria chorando litros. — ele passa o dia inteiro falando que vai namorar comigo um dia, falando que você vai me machucar muito e ele fala também que se eu precisar é só ligar.
— e você dá bolas para isso, linda? — ela pega na minha mão que estava em cima do balcão. — ele não sabe de nada da nossa vida. Eu nunca vou te machucar, escutou?
— eu tenho medo, amor. — limpei uma lágrima que desceu sem a merda da minha permissão. Ela colocou meu cabelo atrás da orelha enquanto dava um sorriso confortante.
— não precisa ter medo quando eu estou com você. — beijou minha bochecha antes de me puxar para o quarto. — vem aqui.
Rayssa segurou firme a minha mão e me guiou até o seu quarto.
Era inacreditável como ela era a pessoa mais romântica que eu conheço. Olhei para a menina ao meu lado que estava com um sorriso enorme e as mãos para trás, com vergonha, Rayssa apontou para o buquê com a cabeça e eu andei até a cama.
— não queria ir embora e te deixar aqui sozinha. — ela se senta na poltrona vermelha e cruza as pernas, me olhando animada.
