Beatriz Benfica se muda para o Maranhão, mas encontra uma inimiga em Rayssa Leal. Após brigas e desentendimentos, uma trégua revela sentimentos inesperados entre elas. Uma história de amor, superação e autoconhecimento.
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Beatriz Benfica
— eu te fiz uma pergunta! — esbravejo eu. Bati as mãos na mesa, fazendo a menina revirar os olhos. Chata. — não vai me responder?
— como que eu vou saber se a Chloe vai estar na minha próxima competição? Sei lá, provavelmente vai, ela é uma skatista profissional. — Rayssa diz me olhando tediosa. Ela estava em pé na minha frente, enquanto lavava as mãos.
— eu preciso que você me dê uma resposta concreta, Rayssa! — aumentei meu tom para falar com a menina que não parecia se importar com o que eu dizia. Finalmente ela se virou para mim e se sentou na cadeira a minha frente.
— para que você quer saber? — apoiou a cabeça na mão que estava em cima da mesa. Inclinou a cabeça ao me olhar. — te interessa?
— não te interessa. — me levantei da cadeira. Fui até o balcão e me encostei no mesmo. Rayssa agora estava me olhando com raiva, parecia que não tinha gostado nada do que eu tinha acabado de falar, oxe.
— você vai para a competição só para ver ela, agora? — fez o mesmo que eu. Veio até mim, caminhando devagar, que sonsa. — antes era eu... — murmurou.
— não te interessa. — virei para o outro lado, olhando agora para a sala e não para a menina que vinha em minha direção.
— por que está tão interessada? Quer que ela ganhe? — ela parou bem na minha frente. Sentou em um banco que tinha do outro lado do balcão.
— quer que eu fale mais uma vez ou você já entendeu que não te interessa? — fui clara.
— você nunca deixa de ser tão chata, né? — ela estava tentando subir no banco, acho que era meio difícil, já que ela era tão pequenininha. Conseguiu.
— e você nunca vai parar de ser tão insistente? Desde o primeiro dia que eu te conheci, você não para com essa sua mania. — debochei da cara dela. Rayssa engoliu seco enquanto me olhava raivosa.
— não age assim comigo, minha princesa. Tô querendo conversar com você numa boa. —que dramática! Nem parece que um dia desse estava me matando e me esculachando como se eu fosse uma boneca. Que merda.
— não sou sua princesa. — lembrei ela disso. Ela agora estava com os braços cruzados e um bico maior do que suas provocações.
— Lucas... — refletiu. O que? Já vai dar uma de doida aqui, espera aí.
— o que tem ele? — olhei para a menina confusa que estava olhando para o nada. Meu senhor amado.