Beatriz Benfica se muda para o Maranhão, mas encontra uma inimiga em Rayssa Leal. Após brigas e desentendimentos, uma trégua revela sentimentos inesperados entre elas. Uma história de amor, superação e autoconhecimento.
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Rayssa Leal
Inclino o meu pescoço para trás fazendo o mesmo estralar alto, Felipe de olha preocupado mas eu ainda estava concentrada em assistir aquele vídeo mais um vez.
Pela 7° vez eu estou assistindo esse vídeo, me certifico que estou mais aprendada vendo um vídeo meu com 6 anos fazendo a manobra mais fácil que eu consigo fazer. Amanhã vai ser o campeonato e em algumas semanas é as olimpíadas e eu já estou ansiosa!
Meu juízo já estava pelo fim, aquela coisa se repetindo não estava me fazendo bem, mas enfim, é só uma "fada" andando de skate e não vai me ajudar em nada, mas como minha cabeça pensa assim; faremos desses jeitinho.
— não cansa de ver o mesmo vídeo há horas? — o menino se joga no sofá tirando a minha concentração na tv (nos meus pensamentos).
— você não cansa de ser um idiota!? — resmungo baixo, o mesmo balança a cabeça enquanto dá um sorrisinho de lado; odeio quando ele faz isso!
— qualquer dia você vai virar uma velha coroca que não sai de casa. — ele diz enquanto se levanta do lugar e indo até a cozinha, posso ver pelo espelho quando ele se senta e pega o celular.
— tem como parar de me encher, Gustavo? — falo em um tom mais alto por querer mesmo, ele parecia estar concentrado no celular.
— tá tendo uma festa na casa da lua... — ele fala me olhando pelo espelho, sei bem o que ele queria e definitivamente não! Balancei a cabeça indicando um "não" e ele revira os olhos. — qual é, Rayssa! Vamos lá, por favor.
— você acha que eu não tenho o que fazer igual você, seu desocupado? — me deito no local e sinto seu peso se encostando no sofá.
— você tem várias coisas pra fazer né, Rayssa?! — seu tom era de sacarmo e com certeza o sorrisinho estava lá.
— tá com medo de que? É só ir, eu vou ficar aqui estudando, amanhã tenho que conseguir isso. — me virei ficando de frente com o menino que estava com um semblante tedioso.
— Cassi foi, sabia? — ele falou baixinho mas ainda sim eu consegui escutar, me sentei no sofá rapidamente e ele parou de andar quando me viu. O que Cassi estava fazendo em uma festa sozinha?
Quebra de tempo.
Chegamos no lugar e poxa... Aqui é um lugar imundo, o que a minha melhor amiga tão limpinha está fazendo aqui?
Desço do carro procurando ela, mas não acho em nenhum lugar com os meus olhos, talvez ela estaria lá dentro, sigo reto e entro na casa. Aqui é mais tranquilo, mas ainda sim tem bebida e outras coisas do tipo.