Veredicto

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Nossa, os últimos meses foram tão loucos, tive tantas mudanças em tão pouco tempo, comparado a minha idade. Progetos para uma vida toda, nunca me imaginei em situação parecida, e olha que tive tempo suficiente para imaginar, todo e qualquer tipo de situação inusitada. Acho que os únicos acontecimentos minimamentes normais, foi minha repaginada e a inauguração do meu shopping. Tudo tão rápido e tão absurdo, se eu não conhecesse o sobrenatural, eu enlouqueceria!

Como eu queria um dia de descanso, sem TUDO isso! Às vezes, eu invejo meus irmãos, eles são complicados mas sabem o que querem e como chegar a isso!

Às vezes, eu invejo Charlie, mesmo com as dificuldades da vida ele não sufoca ou deprimi, ele se concentra no presente e como num passe de magica, seus problemas se resolvem!

Ou talvez eu seja apenas uma tola. Dane-se, também não estou afim de desenvolver nada... Só quero um dia de paz e o resto que se exploda, estou me metendo muito, me expondo muito! E como diria Niklaus: Já passou do limite!

Meus pensamentos abstratos, foram interrompidos pelo barulho de um carro andando na lama da estrada, parando na entrada da casa, as portas começaram a se abrir e se fechar.

A voz de Billy era fácil de identificar, mas ele a mantinha baixa, então ela era apenas um murmúrio grave.

A porta se abriu, e um pouco de luz entrou. Eu pisquei, incomodamente cega. Jake começou a acordar, suspirando e pulando pra ficar de pé.

—Desculpa-Billy falou. -Nós acordamos vocês?

Meus olhos lentamente se focaram no rosto dele, e então, quando eu conseguí ler a expressão dele, eles se encheram de légrimas.

—Oh, não, Billy!

Ele balançou a cabeça lentamente, a expressão dele estava dura de dor. Jake correu para o seu pai e pegou uma das suas mãos. A dor fez o rosto dele ficar repentinamente infantil - parecia estranho no topo do corpo de um homem.

Sam estava bem atrás de Billy, empurrando a cadeira dele pela porta. A compostura que era normal nele, agora estava ausente do seu rosto agoniado.

—Eu lamento muito- eu sussurrei. Billy acenou com a cabeça.

—Será difícil pra todos.

—Onde está Charlie?

—Seu pai ainda está no hospital com Sue. Têm muitos... arranjos a serem feitos. -Eu engolí seco.

— É melhor eu voltar pra lá- Sam murmurou, e saiu apressadamente pela porta. Billy tirou sua mão da de Jacob e levou sua cadeira pela cozinha em direção ao seu quarto. Jake ficou olhando pra ele por alguns minutos, e depois veio se sentar no chão a meu lado de novo. Ele colocou o rosto nas mãos. Eu esfreguei o ombro dele, desejando poder pensar em alguma coisa pra dizer, nunca tive talento em consolar as pessoas.

Depois de um longo momento, Jake me olhou de forma agradecida. É pareci que funcionou.

—Como você está se sentindo? Você está bem? Eu sinto que devia ter te levado pra um médico ou alguma coisa assim- ele suspirou, me bombardeando de perguntas e constatações como se quisesse não pensar nos últimos acontecimentos.

—Não se preocupe comigo. Estou bem! -Ele virou a cabeça pra olhar pra mim. Os olhos dele estavam muito vermelhos.

— Você pareci mesmo estar bem!

—Eu me sinto muito bem, SÓ preciso ir para casa. Estou preocupada com Charlie, ele era muito amigo do Harry.- Vi o rosto de jake se contrair e então percebi a besteira que fiz ao tocar no nome de Harry.

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