VI - A Volta Para Porto Real

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As luas foram prosperas em Driftmark, o passar do tempo revelou que a casa tinha um forte sangue ao ver crescer dia após dia seus herdeiros. Baela e Rhaena se Mostravam jovens maduras e fortes demais, bem como seus primos que a cada dia cresciam e aprendiam entre Pedra do Dragão e a Fortaleza Vermelha.

Porém, nesse momento a força e vitalidade da juventude se mostrava esquecida enquanto Rhaenys ouvia os mestres sobre a situação de saúde de seu marido, o Lorde Velaryon piorava a cada dia após sua última excursão pelo Mar Estreito. Ouvindo também estava Sor Vaemond, irmão de Lorde Corlys.

- Prepare isso mestres – Rhenys mandou temerosa pela vida do marido, ela não aguentaria perde-lo também, seria demais para a Princesa.

Logo sua ordem foi atendida, Balea que se mantinha ao seu lado após ver a situação da avó só lhe ofereceu palavras de conforto.

- O Serpente Marinha é forte.

- Sem dúvida – Vaemond se intrometeu chegando mais perto do Trono de Madeira onde a Princesa Rhaenys continuava sentada com a neta ao seu lado – entretanto já vi a febre vencer homens mais novos que ele.

- Não sofrerei com esse mal agouro em minha casa Vaemond.

- EU AMO MEU IRMÃO - disse mais alto – mas devemos ser sinceros quanto a isso, talvez ele vá partir e quem ficara com o Trono de Driftmark?

- Minha avó está bastante confortável nele.

- É - o lorde concordou – ela governa apenas na ausência de seu marido, com a morte dele o trono será passado.

- Para Lucerys Velaryon – a Princesa respondeu calmamente – como meu marido deseja.

- Eu tenho o mesmo sangue do Serpente Marinha, o parente mais próximo que restou.

- Tome cuidado cunhado – Rhaenys avisou, já viu línguas serem cortadas por menos – isso pode ser ouvido como traição.

Vaemond achava que ela assim como o irmão era tolos demais por concordar em deixar esse bastardo na linhagem de sua casa.

- Eu falo a verdade Rhaenys – disse calmamente – e você sabe disso.

- O assunto já foi resolvido.

- Por um homem cuja ambição nos trouxe calamidade atras de calamidade – foi a resposta do Sir – meu irmão só se importa com os livros de história, mas a linhagem de Velaryon deverá ser extinta pelos filhos da casa Strong? Driftmark é minha por direito, e por mais que eu goste de seu apoio, eu não preciso dele. Hoje os ventos mudaram, a coroa ficara do meu lado.

- O Rei arrancaria sua língua se levasse tal assunto até seus ouvidos – Rhaenys avisou.

- Mas hoje querida cunhada – Vaemond continuou arrogante – quem senta no trono é uma Rainha, sem a Princesa ao seu lado, e uma nova mão que muito se agradariam de ouvir minhas questões.

Longe da brisa salgada de Driftmark e das manipulações da corte em Porto Real, a Princesa Herdeira Rhaenyra Targaryen se preparava para mais um capítulo em sua história: o nascimento de mais um filho. Era fruto do seu segundo casamento com Hawin Strong, com quem já dividia a cama e a criação de seus dois primeiros filhos, os pequenos Aegon e Viserys. A nova gestação trazia consigo uma mistura complexa de emoções.

Um ano havia se passado desde a morte de Laenor Velaryon, seu primeiro marido, e a união com Hawin Strong , oficializada com a bênção do Rei Viserys, era vista por muitos como um ato ousado e até mesmo escandaloso, principalmente após todos os boatos que eles eram amantes, mas para Rhaenyra, era a continuação de um amor proibido que florescia quando já não se poderia mais ser sentido, algo que foi escondido por tantos anos.

Gael VelaryonOnde histórias criam vida. Descubra agora