Prólogo

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" Se você não sabe onde quer chegar, qualquer caminho serve"

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" Se você não sabe onde quer chegar, qualquer caminho serve"

Era primavera. Pessoalmente, nunca tive preferência por uma estação, mas com o aquecimento global acelerado dos últimos anos, passei a preferir o inverno. Pelo menos, o clima seria mais ameno. Talvez.

Olho para o céu, e não há uma única nuvem. Está quente e abafado, e eu só quero ir para casa. Mas, como uma dedicada proletária, aqui estou eu a caminho do estágio. Sim, você leu certo. Além de tudo, ainda sou universitáriasaindi da faculdade e a camijho do meu estágio e isso não vai acabar tão cedo. O curso é Direito. Uma profissão questionável, porque se o mundo acabasse amanhã, eu certamente não sobreviveria. Talvez médicos, farmacêuticos e enfermeiros tivessem mais sorte. Eu seria a primeira a morrer. Sério.

Prendo meu cabelo em um rabo de cavalo, tomando cuidado para não atrapalhar os meus cachos. O dia estava quente e ensolarado, o que acabava por deixar a minha pele morena um pouco mais bronzeada. Isso era bom, considerando que eu passava tanto tempo longe do sol que eu já estava começando a ficar anêmica. Não era legal.

Voltando. O céu. Lindo e tudo mas agradeceria se abaixasse um pouco a luminosidade. Uma pena que essa função não exista. Ainda.

Finalmente depois de uma longa e tortuosa caminhada debaixo do sol escaldante chego ao meu destino. A rotina foi a mesma, não tendo muitas alterações. Checo o relógio e são 17:17. Imagino que não irão reparar se eu for embora um pouco mais cedo. Junto minhas coisas e vou para o ponto. Já no ônibus percebo o sol se pondo. Quem dera o calor fosse também.

Ao descer do ônibus, entro na rua de casa. Diferente de manhã, o ar agora estava frio. Estranhamente frio. Sentindo que havia algo errado aperto o passo, mas a sensação não me deixou.

Terceiro POV

O chão parecia estar em constante movimento aos seus pés, que pisavam com uma urgência apressada, cada passo ecoando de forma ameaçadora. O ar ao redor estava denso e frio, como se o espaço se tornasse um ambiente hostil que se fechava, deixando-a cada vez mais em pânico.

A rua antes iluminada, agora se encontrava escura, engolindo-a de maneira ameaçadora. Cada vez que se virava, a visão era um borrão de formas indistintas e perigosas. Os sons se tornavam amplificados e distorcidos, um frenesi que fazia a mente girar.

O som dos próprios passos parecia uma batida macabra, reverberando em um ritmo implacável. A sensação de ser perseguida era tão intensa que o tempo parecia se esticar, cada segundo se arrastando como uma eternidade de expectativa ansiosa. A cada sombra que se movia, a cada som que se aproximava, o pânico se intensificava, fazendo com que cada movimento se transformasse em um ato desesperado de sobrevivência.

Cada tentativa de escapar parecia em vão.Os passos atrás de si se intensificaram a cada segundo e parecia impossível escapar. Em seu desespero não viu a buraco no chão e quando percebeu era tarde demais. Caiu de cara no chão.

Ou pelo menos era o que esperava.

Sabe Alice no País das Maravilhas? Pois é! tipo isso.

Em outra vida | Uchiha ItachiOnde histórias criam vida. Descubra agora