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NOTAS NO FINAL DO CAPÍTULO

Talvez fosse um exagero estar surpreso e um pouco preocupante, mas já haviam se passado dois dias desde a missão e, surpreendentemente, a vida de Bakugo não havia se tornado uma merda

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Talvez fosse um exagero estar surpreso e um pouco preocupante, mas já haviam se passado dois dias desde a missão e, surpreendentemente, a vida de Bakugo não havia se tornado uma merda.

Exceto talvez pelo fato de estar ciente agora que algum filho da puta dentro da agência andava vazando informações, somando também ao fato de que alguém em algum lugar pode, de repente, reconsiderar a ideia de assassinar a ele, ou qualquer outro membro do esquadrão.

Mas tirando isso, tudo estava bem, e era meio estranho de certa forma.

E preocupante, porque não fazia o menor sentido Bakugo esperar que, de repente, explodisse a notícia de que ele esteve em um clube de gosto meio duvidoso acompanhado.

Mas essa era sua reação condicionada, pois foi assim desde que terminou o relacionamento com Ayumi. Nas poucas ocasiões que teve tempo para sair, viver um pouco, e talvez encontrar alguém, sempre acabavam em alguma página sensacionalista na primeira hora da manhã. Pois bem, a vida da assessoria de imagem dele não era das mais fáceis.

Era idiota pra caralho estar se sentindo assim, e um alívio também.

Bakugo deixou a faca de lado assim que terminou de picar a cebolinha e jogou o punhadinho verde na panela de ensopado fumegante. A cozinha foi invadida lentamente pelo aroma dos vegetais e carne em processo de cocção, e o único barulho era do caldo borbulhando na panela. Ele gostava de cozinhar, algo que descobriu muito cedo. Normalmente preferia fazer isso sozinho, pois havia algo profundamente relaxante naquele processo.

Tanto a ponto dele até mesmo conseguir esquecer e desligar-se do que acontecia ao redor, e uma das coisas boas de estar na Guardian, era que agora tinha mais tempo para isso. Sem chamados no meio da madrugada, sem passar dias a fio preso na agência, ali tudo era mais técnico e regrado, mas não era algo com o que ele se conformaria, muito embora ter tomado aquela decisão de tirar uma pausa da sua carreira mostre-se hoje uma ideia boa e não algo decidido por impulso, como foi o caso.

Ele mexeu o caldo enquanto verificava o estado de cozimento dos ingredientes, percebendo que ainda levaria um tempo até que estivesse no ponto certo. Então, tampou a panela e se dirigiu à bancada, começando a organizar a pequena bagunça que se formou durante o processo.

Estava totalmente focado na atividade, tanto a ponto de se assustar quando percebeu que Lana também estava na cozinha.

- Tá ficando doida, porra! - ele exclamou devido ao susto, por pouco não derrubando a tábua de corte em suas mãos.

- A culpa não é minha se você está distraído. - disse ela sem dar importância alguma ao que havia acabado de fazer.

Lana se aproximou da panela no fogão, destampando-a enquanto perguntava.

- Tá cozinhando o que, hein? - ela franziu o cenho ao notar a quantidade de vegetais na panela e voltou a tapá-la. - Verde demais.

Aquilo o aborreceu, a filha da puta nem morava ali e já se achava no direito de dar pitaco na merda da cozinha dele?

Mais Quente que o Inferno - IIOnde histórias criam vida. Descubra agora