5° CAPÍTULO
-Chore comigo
>>>Notas importantes
ATENÇÃO: CRISES.
🐰🐹
Os raios de sol iluminam o quarto aos poucos, traçando um lindo arco-íris em seu rosto, fruto de uma chuva longa e forte que caiu a noite inteira até o sol chegar, alertando a chuva que finalmente poderia descansar. O alarme ecoa pelo quarto ao som de "Good Morning - Felix", um áudio de bom dia que seu amigo havia feito para ele, e que Han Jisung nunca conseguiu tirar do seu despertador. Seus grandes olhos despertam calmamente com os raios que penetram neles, enquanto seu corpo se inclina para o lado, finalmente desligando o alarme e soltando um longo suspiro. A noite anterior lhe trouxe pesadelos durante todo o seu sono, fazendo-o acordar diversas vezes, no entanto, ele sempre se lembrava do abraço gostoso e da sensação boa que Lee Minho causou em seu corpo antes de adormecer. Aqueles toques ásperos ainda estavam presentes em sua pele, e a angústia consumia seu ser, migalha por migalha. O desespero nasceu em seu corpo antes mesmo de acordar.
— Ah... — Jisung geme, sentindo a cabeça pesada pela noite maldormida.
Seu corpo continua deitado na cama, com os braços segurando a cabeça firmemente e os olhos fechados, tentando aguentar ao máximo a dor insuportável que se instalou por todo o seu ser logo pela manhã. Maldita rotina. Sua mente briga consigo mesma, tentando afastar os pensamentos ruins da noite passada. Jisung se levanta lentamente, evitando sentir sua visão escurecer, tentando entender até onde conseguiria ir. Pensa um pouco se deveria comer, mas o espelho ao lado da cama lhe dá uma resposta clara; resolve ir até a cozinha apenas para tomar um copo d'água. Ele olha para a cama, depois para a porta e deseja sorte a si mesmo, pois sabe que verá seu pai na mesa do café da manhã — um lugar que Jisung sempre evitava todos os dias pela manhã. Mais um suspiro escapa pelos seus lábios, dando-lhe forças para levantar da cama e sair do quarto, passando pelo grande corredor com pisos marrons e paredes brancas, até chegar à enorme sala e ir até a bancada que dividia a sala da cozinha.
— Que expressão horrível é essa, Han Jisung? Não sabe ter modos e cumprimentar seu pai e sua mãe? — Sr. Han pigarrea.
— Bom dia, meu amor! Dormiu bem? — Sra. Han dá um sorriso largo, um sorriso que ilumina toda a sala. Jisung certamente herdou isso dela.
— Bom dia, mãe. Dormi muito bem! — Jisung tenta sorrir, ignorando completamente o pai.
Aquele mínimo comentário do seu pai fez a cabeça de Jisung girar. Jisung odeia aquele homem de rosto enrugado e cabelos pintado de preto, pois nem cabelos pretos ele ainda tinha, mas odeia ainda mais o poder que as palavras dele têm. Ele dizia a si mesmo que não se importava com o pai, mas inconscientemente fazia de tudo para obter a aprovação dele. Não havia como escapar.
— Eu... Vou ficar... — Jisung sente suas mãos tremerem e coração acelerar. — Vou ficar no meu quarto. — Diz por fim.
Jisung corre o mais rápido possível para seu quarto, trancando a porta. Seu corpo clama pela cama, implorando para se deitar lá e nunca mais sair, se fundir com ela, viver e morrer nela. Como se não houvesse o tempo, como se ele tivesse sido criado apenas na mente das pessoas. Parecia que somente aquela cama entendia seu desespero, na verdade, ela entendia, pois para entender Jisung, o certo é apenas ficar em silêncio, isso é o bastante, abraça-lo sem falar nada. Ele se joga de bruços, deixando as lágrimas de raiva e tristeza manchar todo o travesseiro. O nó em sua garganta só aumenta a cada som de choro que ecoa em seus ouvidos. Como que aquele homem conseguia causar o caos apenas em algumas palavras maldosas? O seu pai era o demônio dos seus sentimentos. O som de batidas na porta o assusta, fazendo-o levantar da cama rapidamente e limpar o rosto. Como sempre, fingindo estar bem.
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O DOCE AMARGOR DA DOR -Minsung
FanfictionO DOCE AMARGOR DA DOR -Minsung Duas almas com sentimentos embaralhados, desejando apenas alguém para curar tudo isso. Um amor doce, mas com o triste amargor que a vida dá é inevitável. O vício, a ansiedade, os traumas, o real amargor da vida podem v...