Cap 4. Finalmente o encontro.

15 0 0
                                    

. . .

Não demorou muito para que Gaon entrasse em contato novamente, trazendo a notícia que tanto esperavam: o processo de reconhecimento parental estava em andamento. O alívio veio em partes, misturado com uma nova onda de ansiedade. Agora, era hora de reunir todos os documentos e seguir com as formalidades.

Os quatro se juntaram, cada um carregando a responsabilidade nos ombros e o peso da expectativa. Foram dias de correria, organizando papéis, assinaturas e formulários.

Embora o processo tenha avançado mais rápido do que imaginavam, não foi sem obstáculos. Havia uma burocracia que, embora necessária, os fazia sentir como se cada passo fosse lento.

Mas o que os consumia, de verdade, era a espera para ver as crianças.

Eles queriam tanto estar perto delas, mas sabiam que tudo precisava ser feito com cautela. Afinal, eram três crianças, pequenas, frágeis, e nada poderia ser apressado.

Gaon, sempre atencioso, já estava há algum tempo em contato direto com as crianças. Ele sabia que o processo de adaptação seria delicado, então começou a conversar com eles, plantando a ideia em suas pequenas mentes de que agora elas teriam pais que estavam prontos para cuidar deles com todo o amor do mundo.

Claro, eles ainda eram muito pequenos para compreender plenamente o que isso significava.

Para crianças tão jovens, a noção de "pais" era abstrata, algo que ainda precisaria de tempo e paciência para se tornar uma realidade concreta. No entanto, mesmo com suas mentes ainda inocentes, eles já começavam a formar opiniões e sentimentos sobre essa nova situação.

- Eles estão tentando entender. - Gaon comentou certa vez, ao falar com os futuros pais. - Não é fácil para eles, mas aos poucos, eles vão assimilando a ideia.

A maior dificuldade, no entanto, era lidar com a ausência da mãe. As perguntas não paravam de surgir em suas cabecinhas curiosas e confusas

"Onde está a mamãe?"
"Ela não vai voltar?"

A ausência dela era uma ferida aberta que, por vezes, trazia lágrimas aos olhos e pequenos ataques de birra, o que era perfeitamente compreensível para crianças tão jovens e tão vulneráveis.

Pouco a pouco, com muita paciência e gentileza, as perguntas começaram a diminuir.

Não que eles tivessem esquecido a mãe, longe disso. Mas Gaon, estava conseguindo suavizar a transição, ajudando-os a entender que, embora sua mãe não estivesse mais presente, havia outras pessoas que os amavam e que estavam ansiosas para lhes dar um lar seguro e cheio de amor.

Esses primeiros passos eram cruciais. Ele tinha plena consciência de que, por mais que os futuros pais estivessem preparados e ansiosos, as crianças também precisavam de tempo para se acostumar com essa nova realidade. E ele estava lá, guiando-os com delicadeza, para que, no momento certo, eles estivessem prontos para receber o amor que já os esperava.

A ansiedade de conhecê-los pessoalmente era quase insuportável, mas Gaon sempre os lembrava de que, em breve, tudo se tornaria realidade.

Porém, a espera, mesmo que curta, parecia uma eternidade. A cada dia que passava, o medo de que algo desse errado crescia. E se, por algum motivo, o processo fosse interrompido? E se, no final, eles não conseguissem a guarda? O pensamento os atormentava, mesmo antes de tudo começar de fato.

Nesse turbilhão de emoções, eles começaram a planejar. Cada detalhe da nova vida que os aguardava era meticulosamente pensado. Eles criaram listas, longas, intermináveis listas, de tudo que precisariam para quando as crianças finalmente chegassem.

Três Novos Pais - DoJaeJungOnde histórias criam vida. Descubra agora