3 - A Menina Prodígio Não É Tão Esperta Assim

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GENTE MUITO OBRIGADA PELOS 5K DE VISUALIZAÇÕES! Estou muito feliz de ver a história recebendo comentários de vocês, e eu sempre leio todos!

Aposto que vocês estão adorando os capítulos longos né? Pois aproveitem pq os meus dedos estão doendo de tanto digitar.

Sabe, está sendo super interessante escrever em primeira pessoa. Nunca tinha feito algo assim antes, mas eu acho que é preciso para vocês entenderem mais sobre a narração interna da Rosa e da Alice nessa fic.

Outra coisa, eu não sei nada de programação e tecnologia eu sou de humanas porra, então to inventando um monte de coisa e foda-se.


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3 - A Menina Prodígio Não É Tão Esperta Assim

Alice


Muitas coisas que eu gostaria de nunca mais pensar na minha vida aconteceram ontem à noite. Infelizmente, o meu cérebro parece sentir prazer em dar replay em todas essas memórias desnecessárias antes de eu ir dormir.

Tudo que eu queria era uma noite em que eu pudesse curtir, encontrar um cara bonito, de preferência de olhos verdes e jaqueta de couro, para me distrair do dia que eu tive. Mas parece que eu esqueci o quão caóticas as festas do Túlio conseguem ser e não me preparei para a reviravolta que estava por vir.

Tudo estava indo bem demais no início. Eu tinha acabado de usar o vestido verde escuro que Cassandra e eu compramos uma semana antes, depois de passarmos horas vagando pelas boutiques. Eu estava sentada ao lado de Carol e Anne, meu casal favorito, e eu posso dizer isso com certeza, já que fui eu quem deu uma ajudinha para Anne no começo do relacionamento. A Anne era bem sem noção de coisas românticas no início, então fui eu quem deu as dicas sobre quais buquês e cores eram as certas para ela dar para a Carol.

Uma das poucas memórias felizes que eu tenho com a megera da minha mãe foi quando ela me ensinou a linguagem das flores. Eu era bem pequena, e ela me deu um livro cheio de imagens lindas com os mais diversos significados de flores.

As festas do Túlio eram sempre famosas em São Paulo. Eu não ia a todas, mas quando ia, sabia que era um lugar seguro para curtir com meus amigos. O sofá da sala era super confortável, e você conseguia passar horas nele. A Carol estava no meio, eu do lado esquerdo e a Anne do lado direito. A festa ainda estava começando, mesmo que uma galera já estivesse animada. Eu estava tranquila, com minha cabeça deitada no ombro da Carol enquanto ela fazia cafuné nas pontas do meu cabelo ruivo.

"Minhas amigas já vão chegar." Ela disse.

Isso foi como um balde de água fria, porque eu sabia muito bem quem poderia estar nesse meio. Lembrei da mensagem que a Carol me mandou mais cedo, mensagem essa que eu ignorei de propósito e mudei de assunto.

"Mal posso esperar para conhecê-la." menti na cara dura. O medo me impediu de perguntar quem exatamente estava a caminho. Sempre diziam que eu nasci com a bunda virada para a lua, e no final das contas sempre tinha alguma sorte que me salvava em situações inusitadas. Eu esperava que hoje fosse assim, e que uma certa jogadora loira não estivesse vindo.

Cassandra sentou-se no sofá à minha frente, ao lado de Helena. Ela cruzou suas lindas pernas e me encarou com uma sobrancelha arqueada.

"Você parece que ainda não entrou no ritmo."

Eu levantei minha cabeça do ombro da Carol. "Estou só esperando a festa engatar."

"Quer que eu faça um drink para você?" Helena perguntou. Minha irmã às vezes parecia ler minha mente.

the bolter | rosamaria montibellerOnde histórias criam vida. Descubra agora