05.

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|eu peguei tudo e logo desci.

– Tô pronto pai.

— Tem um presente pra você.– era uma sacola marrom grande, sem marca nem nada.– Abre.

|eu franzi o cenho e deixei a bolsa no sofá, logo abri o presente.

|e tinha uma cartinha dentro, junto do tênis, Que eu queria muito, eu abri a cartinha e comecei a ler.

"Oi Rique, sei que você não quer ouvir meu nome ou ver a minha cara, mas eu queria te compensar de alguma forma. Nunca quis te prejudicar com isso, talvez eu realmente tenha levado tudo muito a sério... mas enfim. Você sempre vai ser meu menininho sorrindente, que ria só de eu te olhar e adorava me dar e mandar beijinhos.
Da sua Babizinha, eu te amo branquelo."

|meus olhos se encheram de lágrimas, que saudades eu sinto da Gabriela, um aperto tomou conta do meu peito e eu sequei a lágrima que escorreu, respirando fundo.

– Ela não saiu do hospital ainda?–pergunto.

— Não.

|eu assenti e fiquei encarando o tênis.

– Vamo?–ele pergunta se levantando.

— É.. vamos..

– Que foi? Tá em duvida se quer ir?–ele me olha

— Eu quero ver a Gabi, mais não sei se da tempo.

– Ou você viaja, ou vai ver ela.

— Tem como mudar meu voo pra mais tarde?

– Não, mas tem como deixar essa viagem pra outro dia.

— Vou avisar os muleque que só vou ir pra lá amanhã.

– Não tem como ir amanhã Henrique, eles mudam a passagem de hoje pra daqui um mês ou mais. Decide rápido.

— Eu vou ir, assim que voltar quero ver a Gabi.

Gabriela

[...]

|tô internada faz um mês porque tinha pego uma virose forte. O Henrique não veio me ver desde aquele dia, desde o primeiro dia que eu vim pra cá.

– Você acha que ele vai desistir da viagem pra vir te ver?–Lhays pergunta.

— Eu não sei,espero que sim.

|eu fiquei mexendo nos meus dedos e suspirei.

– Na verdade, eu acho que não.–falo.– O Henrique não deixaria de ir pra viagem que ele tanto queria pra me ver, ele não veio o mês todo, porque viria no dia da viagem?–a olhei.

— Nunca se sabe.

Henrique Lemos

— Pai, para, eu não vou, vamo pro hospital.

– Certeza?–ele pergunta e me olha rapidamente.

— Sim, viagem eu viajo depois.

|ele deu de ombros e entrou na avenida que dava até o hospital.

|fiquei olhando o caminho com ansiedade no corpo, eu só quero ver ela logo.

|um tempinho depois nós entramos na garagem do hospital, e assim que meu pai estacionou, nós saímos do carro.

– Vamo no mercado ali antes.–meu pai diz.

— Vamos.

|nós fomos, compramos oque a Gabi queria e logo subimos até o andar em que ela estava, pegamos a ficha de visitante e fomos até o quarto.

Idas e vindas.-Raniele Melo.Onde histórias criam vida. Descubra agora