06.

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— Obrigada papai.

Gabriela

[...]

Alguns dias depois

|eu finalmente tô de alta e só meu pai sabe disso. Oque eu tinha? Uma infecção forte por gripe mal curada, mas tô muito melhor agora.

— Se cuida em mocinha.–o médico disse.

– Com certeza, não quero pisar aqui nunca mais.–falo e ele riu.

— Beijos.

|finalmente, pude ver a claridade do sol, sentei no banco do carro e respirei fundo.

— Henrique ta no treino, quer fazer surpresa lá?

– Quero.–sorri.

— Ele ta maluco que não podia te ver.

– Tadinho, deve ter sido traumatizante oque aconteceu.

— Ele ficou muito mal.

– A gente pode sair pra jantar hoje?–o olhei.

— Mais é claro.

|eu tô feliz demais de ter saído, e ansiosa pra voltar a minha rotina.

— Alguem mais sabe pai?

– Não.

— Quero fazer surpresa pra todos, mais primeiro pro Henrique e a mamãe e Lucca.

– Mamãe? Nossa.. que surpresa.

— É..

– Ela sempre quis escutar você chamando ela de mãe.–ele diz e me olha.

— Eu não sabia..

– O sonho dela quando cê tava na escola era você chegar com presente de dia das mães que nem fazia no dia dos pais comigo.

— Desculpa..

– Não precisa pedir desculpa por isso.–ele diz.

— Ela ta em casa?

– Sim, tá com o Lucca.

— Fazer a surpresa pro Henrique e depois pra ela.

– Tá bom meu amor.

[...]

|um tempo depois, chegamos no CT, tava tendo treino dos meninos e do Henrique também, eu passei por dentro e ninguém me viu, entrei numa sala e pedi pro meu pai chamar o Henrique aqui.

– O que eu fiz agora?–Henrique pergunta.

— Só vem, te garanto que vai gostar.

|ele abriu a porta com a cabeça baixa e suspirou.

|fiquei esperando ele olhar pra mim.

– Fala pai.–ele olhou de volta pro Fagner.

|não é possível Henrique.

– Olha pra frente porra!–falo com meu pai e ele se vira na mesma hora me olhando depois de um pulo pelo susto.

— Ga-Gabi?? eu to doido?

– Oi branquelo.–eu sorri e abri os braços.

— Pera, eu to sonhando?–ele pulou no meu colo.

|eu ri e segurei ele.

– Você é pesado Henrique.

— Para.–fez bico e encheu minha bochecha de beijos.

|eu ri e coloquei ele no chão o abraçando direito.

Idas e vindas.-Raniele Melo.Onde histórias criam vida. Descubra agora