𝑹𝑬𝑽𝑬𝑵𝑮𝑬𝑭𝑼𝑳 𝑯𝑬𝑨𝑹𝑻𝑺 ᵇᵉˡˡᵃᵐʸ ᵇˡᵃᵏᵉ

1.1 Capítulo ' 𝙶𝚞𝚊𝚛𝚍𝚒𝚊𝚗 𝚊𝚗𝚐𝚎𝚕

[Adhara Collins Narrando]

Puxo o ar sentindo que finalmente consigo respirar novamente. Minha cabeça gira enquanto a pequena dor atinge ela. Minha visão turva volta aos poucos, o suficiente para que observe o local a minha volta. Frio, mas nada silêncio.

Mal recupero meus sentidos antes de buscar com a cabeça meu irmão, pelo lugar cheio de adolescentes que não param quietos. Movo meu tronco para frente, tentando observar o máximo de rosto que consigo. Como se uma chama de fogo estivesse em minha cabeça. Posso sentir a pequena dor aumentar consecutivamente. Ignorando-a, procuro por meu irmão novamente, dessa vez a inquietude se mostra presente em meu corpo. Quando finalmente me lembro o porque estou aqui, e onde estou. Solto um suspiro, nem um pouco aliviado, não o vejo, não sei onde ele está, isso me apavora.

Mas sei que está aqui, pelo menos acho. Uma cápsula enviada para terra com outros 100 adolescentes. Esses que cometeram crimes piores para estarem aqui. Não me preocupei em saber os motivos, não me preocupei em perguntar. Uma pessoa me ajudou a estar aqui, ela não mentiria, mesmo assim, não me importo com os outros, apenas com Finn.

A dor insuportável atrapalha meus sentidos, me fazendo mover minha destra até meus olhos, os cobrindo, a luz forte deixa tudo pior. Tento ao maximo ignorar o que sinto. Olho para a garota loira ao meu lado que parece mais tranquila que o normal, franzi o cenho com a estranheza dela, mas balanço a cabeça e respiro fundo e também ignoro, me viro o máximo que posso para ela e me permito a perguntar sobre meu irmão.

— Você viu Finn Collins? — ela imediatamente desvia seu olhar para mim negando com a cabeça.

— Provavelmente não. Mas não conheço particularmente quase ninguém aqui, então difícil te responder. — ela terminar sua frase com um sorriso e passa a mão pelo seu cabelo levemente cacheado.

Bufo com sua resposta e desvio meus olhos novamente para todos os adolescentes no local. Cada um parecia assustado, com medo do que estará por vim. Mas nem isso me daria o luxo de sentir, apenas quando souber se ele estiver bem.

— Ai, você está bem? — a loira chama minha novamente a ela. — Está pálida...

— Estou ótima. — a intorrompo sem a permitir terminar sua frase. — Só quero encontrar meu irmão.

— Desse jeito vai acabar desmaiando. — ela murmura, e suspira por fim.

Reviro meus olhos, e forço meu pior sorriso a ela. Loira chata.

Antes que posso alfinetar a garota, sento tudo a minha volta tremer em um estrondo, gritos começam a ser mais frequentes, as vozes aumentam e o clima fica mais denso. Os monitores que não tinha percebido até agora ligam, e temos a visão do Chanceler Jaha.