𝐷𝑒𝑠𝑡𝑖𝑛𝑜 𝑀𝑜𝑣𝑖𝑑𝑜 𝑃𝑒𝑙𝑎𝑠 𝐸𝑠𝑐𝑜𝑙ℎ𝑎𝑠 - 𝐍𝐞𝐨𝐂𝐢𝐭𝐲≫

✧•CAPÍTULO - 7•✧

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✧•Páginas•✧
₊Light Vision₊

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A chuva começou a diminuir, e a atmosfera entre nós parecia mais leve.

-Então, por onde vamos começar a nossa investigação? - Perguntei, olhando ao meu redor, tentando achar um ponto de partida para começar a investigação, que na minha cabeça era algo mais sério, porém, aparentemente, para Danara era a mais pura piada.

Danara riu, olhando ao redor de forma depravada.

-Só desiste, Light! Não tem como saber disso, eu acho... Mas não nego que podem ter registros históricos sobre o que aconteceu há... Sei lá... 100 anos atrás.

-Já falei e repito. Vou dar uma de F.B.I! - Respondi, de maneira animada e debochada. - Eu conheço uma biblioteca antiga que nem deve estar à ativa, mais! Mas tem um acervo bem interessante. Podemos ir lá agora, se quiser. - Falei em um tom de brincadeira, convidando Danara para vir comigo, estendo a mão sem sua direção.

-Tá, tá bom! Vamos! - Danara segura minha mão e, juntas, fomos até a minha moto.

O caminho até a biblioteca foi recheado de risadas, juntamente com o ambiente floresto. Era como se a realidade estivesse se desdobrando em algo mágico. Ainda não acredito que estou levando o sonho dela tão a sério... Imagina se isso for só um sonho nada haver... Pelo menos vai ser legal, ou assim espero!

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✧•Na Biblioteca•✧

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Ao chegarmos, a biblioteca era ainda mais imponente e velha do que eu lembrava. As prateleiras de madeira escura estavam repletas de livros empoeirados, e o cheiro de papel velho preenchia o ar. A textura do papel que compuseram os livros estavam levemente amassadas, como se já tivesse chovido ou algo tivesse molhado àquelas folhas, mas isso seria normal, afinal, a biblioteca estava, extremamente, abandonada. Eu daria um palpite de uns 100 a 200 anos abandonada, sem ser tocada ou reformada.

-Uau, isso é incrível e... Muito velho... - Danara exclamou enquanto seus olhos percorriam até as mais mínimas particularidades daquela arquitetura detalhada de antigamente. - Tá... Por onde começamos? - Danara finalmente volta seu olhar para mim, após dar uma leve conferida no local com seus olhos.

-Vamos procurar por coisas, eventos que aconteceram na nossa cidade. Qualquer coisa que possa ter relação com as nossas cicatrizes. - Sugeri e ela concordou, pegando um livro aleatório para folhear.

Enquanto procurávamos, a conversa fluía naturalmente entre a gente. Falávamos sobre anáforas que inventamos em nossas cabeças sobre o sonho de Danara e compartilhamos entre nós, mas de alguma forma, sentíamos uma conexão além do normal.

-Light, você acha que existe mesmo essa possibilidade de reencarnação? - Danara perguntou de repente, enquanto eu analisava um livro antigo, me atraindo a atenção.

O comentário foi meio que... Bem específico...

-Eu quero acreditar que sim. Às vezes sinto que há coisas que não conseguimos explicar, sabe? - Respondi de maneira séria, o que fez Danara me olhar rapidamente, aparentemente, procurando o Light que vivia zombando, até, dos próprios acidentes.

Como é tão fácil compartilhar esses pensamentos com ela? É estranho, mas não reclamo.

-Eu também sinto isso. É como se nossa conexão fosse mais profunda do que imaginamos. - Danara comenta, ainda prestando boa parte de sua atenção ao livro.

Passamos horas na biblioteca, fuçando em livros e documentos antigos. A cada página virada, a sensação de que estávamos prestes a descobrir algo importante aumentava.

Finalmente, encontramos um diário de uma jovem chamada Daily, datado de há pouco mais de um século. Ela falava sobre uma conexão inexplicável com uma amiga chamada Wuzlynn. As descrições de eventos em que elas se viam em perigo, mas a menção de cicatrizes deixam nossos corações acelerados.

-Oxe!? Espera... Deixa eu ler melhor isso aqui! - Danara disse, com os olhos arregalados, aproximando seu rosto do livro para decifrar as, exatas, palavras que estavam escritas e muitas delas, borradas.

-É como se fosse sobre nós... - Acrescentei.

-Precisamos ler tudo! - Comentou Danara, já devorando as páginas com os olhos.

À medida que lemos, as histórias de amor, perda e luta de Daily e Wuzlynn pareciam ecoar nas nossas próprias vidas, mas alguns fatos, apenas. Era como se o passado estivesse se entrelaçando com o presente, mas o presente ainda estava se formando.

-Olha isso! - Danara apontou para uma passagem que falava sobre um ritual que poderia conectar almas. - Eles acreditavam que as cicatrizes eram marcas de experiências compartilhadas!

-Isso não faz sentido... - Murmurei, com a mente fervilhando. - Ritual?... Sério?...

Danara hesitou, me olhando com uma expressão deplorável.

-É sério que você acha que um ritual seria algo fora do normal nessa altura do campeonato? - Danara me repreende, cruzando os braços e retribuo com um olhar confuso. - Light... Você estava, LITERALMENTE, dando uma de F.B.I e levando esse sonho a sério... Você já parou pra pensar que um espelho, literalmente, humano é mais fora do normal do que um simples ritual?

-... Eu sei... Mas isso foi um sonho e o ritual só está marcado em páginas físicas...

-Isso foi só um sonho que você gastou seu tempo tentando achar uma resposta? Gastou seu tempo, algo que nem, sequer, acredita ser real? - Danara indaga-me.

-...

-Foi o que eu pensei... - Danara largou o livro no chão, fazendo um barulho estrondoso. - Eu estou indo pra casa!

Danara andou para fora da biblioteca bufando de raiva e escassez de paciência. Eu não quis cutucar a toca do bicho, então peguei o livro em questão, coloquei dentro da minha bolsa e corri para fora, alcançando Danara.

-Vamos... Outra hora eu... Quero continuar isso... Desculpa se te irritei...

-...Hm... Sobe logo... Vamos pro Bahamas... - Danara comenta após me ignorar, sentada no banco do passageiro da moto e mantendo seu olhar para baixo.

Eu não queria agir tão repentinamente e de forma, aparentemente, desesperada, mas não me contive.

Me aproximei de Danara, segurei cautelosamente o seu queixo e o ergui, fazendo a mesma olhar nos meu olhos. Quando vi seus olhos mais de perto, notei que seus olhos não eram castanhos como eu pensava. Eram um tom vinho, entre o vermelho e o roxo, em um tom muito escuro.

-Seus olhos são bonitos e... Diferentes... - Comentei, desfazendo o olhar impaciente de Danara, o que me fez sorrir por dentro.

-Como assim "diferente"? - Danara questiona, curiosa pelo meu comentário.

-Já percebeu que seus olhos tem um tom vinho?

-Vinho? - Danara tira os óculos se olha pela câmera do celular, parecendo incrédula.

-Não sabia que seu olho é em tom de vinho?

-Pra ser sincera... Eu não fazia ideia! - Ela ri. - Tá, tá... Está desculpada! Agora, vamos! - Ela confessa, me fazendo sorrir, convencida.

-Está bem, princesa! Vamos! - Subi na moto, liguei-a e dei partida, destinando-a ao Bahamas.

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✧•CONTINUA•✧

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