Na Linha de Fogo (YEONGYU/BEOMJUN)

Na maior humilhação da minha vida

Olá meus amores, cheguei com a atualização de hoje! 

Já vou logo lembrar vocês de deixar uma estrelinha e um comentário para me ajudar no crescimento dessa história.

Boa leitura <3

BEOMGYU

Eu já sabia que seria arrastado para fora da cerimônia e que meu pai ficaria uma pilha de nervos comigo. Imaginava que as consequências seriam sentidas nos próximos dias, mas digamos que as coisas aconteceram bem mais rápido do que o previsto.

Os homens que me escoltaram para fora como se eu fosse um criminoso do pior tipo me levaram até meu quarto. A face de Kai surgiu em meio aos demais e eu exibi um sorriso presunçoso em sua direção.

– O que meu pai te mandou fazer comigo? – O álcool me fazia falar um monte de frases de duplo sentido sem me importar muito em como seria recebido.

– Te dar um banho gelado. Amanhã ele vai conversar com você. – Eu abri a boca, incrédulo que Soohyun me queira deixar sóbrio assim tão rápido. Depois das minhas noites de bebedeira, ele costumava esperar até o dia seguinte para começar com as punições.

Olhei em volta, cogitando usar as janelas para fugir daquela tortura até lembrar que elas passaram a ser trancadas logo depois das minhas primeiras noitadas.

– Você não tem coração? – Fiz a minha melhor expressão fofa, com direito a um biquinho nos lábios.

– É claro que eu tenho e você sabe muito bem por que seu pai confiou em mim para fazer o serviço. – Ok, a essa altura eu já sabia que Kai jamais cairia nos meus charmes.

– Esse cheirinho de amêndoas com certeza pertence a algum ômega. Kai, seu safadinho, não esperava que você fizesse essas saliências. – Os meus lábios se abriram em um sorriso malicioso que deixou o meu segurança com o rosto todo vermelho de vergonha.

– N-nós não fizemos nada, ok? Olha, nós não temos tempo para falar disso agora.

Kai me levou até o banheiro e ligou a água gelada da banheira. Eu poderia esvaziar tudo e colocar água quente, mas já estava ferrado o suficiente para poder quebrar mais uma regra e ao final daquele banho forçado, me senti sóbrio o suficiente para não ficar tonto com tanta facilidade.

Um pijama de mangas curtas foi deixado sobre a minha cama, mesmo com a chegada da noite estava fazendo bastante calor. Quando entrei na banheira ainda estava de dia, será que eu passei tanto tempo lá dentro?

Não questionei nem mesmo como aquelas roupas foram parar lá e só vesti tudo sem pensar duas vezes.

Apaguei assim que a minha cabeça encostou no travesseiro.

Naquela noite, dormi com um sorriso no rosto, satisfeito por ter causado o maior vexame que a família real já esteve envolvida e essa, sem sombra de dúvidas, era a minha maior realização. Eu pouco me preocupava com a minha reputação ou sobre o que seria dito pelos demais membros da corte sobre o meu comportamento questionável para um príncipe. Para eles, não importava o quanto eu fosse bom com armas, somente o fato de que era péssimo em puxar o saco de pessoas importantes já queimava o meu filme.

Apesar do sono tranquilo, fui acordado pela manhã com Kai batendo desesperado na minha porta. A minha última memória envolvendo a sua ilustre presença era com a sua demissão feita por um superior na frente de todos os seus colegas, o que não feria de forma alguma o seu orgulho, apenas o seu disfarce.