Taimara 01

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A pior sensação do mundo é se sentir insuficiente e foi assim que eu me senti no momento que peguei o Cássio meu ex com a minha prima aos beijos em um barzinho não muito longe de onde a gente morava, ele era apenas meu namorado a quase um ano que me perturbava todos os dias para termos algo a mais que só beijos e todos os dias agradeço a Deus por eu não ter cedido.

É isso mesmo aos 28 anos aínda sou uma mulher virgem que sonha com o momento perfeito para tal ato não sonho com o princípe encantado, mas quero que seja com a pessoa que eu sentir que tem que ser e não porque alguém está me pressionando a fazer para segurar namorado eles nunca ficam mesmo, e eu sei que mesmo que eu cedesse aínda assim seria trocada porque eu não tenho o corpo e o rosto bonitinho que os homens querem e desejam então se eu tiver que morrer virgem morrerei, mas não vou ir para a cama com qualquer um.

Depois que peguei os dois traidores no ato não fiz escândalo nem nada disso voltei para casa e pensei que pelo menos a minha prima que morava na casa de frente a minha iria vir conversar comigo coisa que nunca aconteceu, contei para os meus pais o que tinha acontecido e nos surpreendemos que no final de semana seguinte Cássio estava almoçando na casa dos meus tios namorando com ela no sofá sem nem ter pelo menos me pedido desculpas por ser tão podre.

Somente minha avô, meus pais e mais duas tias ficaram do meu lado o resto da família disse que não precisava de tanto show já que era só um namorinho de crianças que o Cássio nem nunca me tocou que eu deveria deixar de ser amargurada e seguir em frente, eu não suportava ver os dois porcos rindo e se divertindo todos os domingos nos almoços de família como se nada tivesse acontecido e as pessoas as pessoas da minha própria família me tratando como se eu fosse a errada da história por não apoiar o amor dos dois, " Ninguém escolhe por quem se apaixonar" disse a mãe da desgraçada e todos concordaram com ela então peguei as minhas coisas e o pouco dinheiro que eu tinha guardado e me mudei para o Rio de Janeiro

Não foi fácil, teve dias que eu tive que escolher entre pagar o aluguel ou comprar o que comer o salário do call center onde eu trabalhava não supria todas as minhas contas e mesmo pagando aluguel na comunidade aínda não era o bastante e foi aí que eu conheci a Leila nós morava em uma comunidade eu nem sonhava em pisar na Rocinha ainda Leila era a minha vizinha e me chamou para fazer uma faxina com ela no apartamento de um bacana, duzentos reais a diária eu nem pensei até faltei no trabalho nesse dia e foi aí que eu larguei a p.a e virei faxineira ou diarista como queira chamar mesmo sento cansativo com esse trabalho eu não tinha mais que escolher entre comer e pagar o aluguel.

Durante uma conversa Leila e eu percebemos que perdermos muitas oportunidades por morar longe da zona sul e juntando os nossos aluguéis dava um aluguel em um morro mais tranquilo que tem tudo e fica perto de tudo, e foi assim que viemos parar na Rocinha a maior favela da américa latina onde você está perto de tudo com acesso a tudo.

Alugamos um quarto e cozinha que meu Deus tinha mais escadas que tudo para chegar lá e mofava que era uma beleza então com dois meses nos obrigamos a gastar um pouco mais e alugamos uma casa de dois quartos e cozinha um pouco mais embaixo aínda tinha escadas, mas não era tanto como na outra e estamos a mais de um ano nessa vida e já até consegui juntar um dinheirinho.

- Meu corpo pede por uma cervejinha bem geladinha. Leila fala e eu dou risada. - Vamos amiga, a gente toma só uma cervejinha e voltamos para casa. Olho para a minha amiga que junta as mãos e dou risada.

- Eu não bebo. Digo rindo porque ela revira os olhos.

- Não bebe, não fuma, não fode não faz nada de bom nessa vida. Gargalhei.

- Eu como e durmo, tem coisa melhor que isso?

- Tai, Tai amiga no dia que você gozar na linguá e no pau de um homem você vai saber que tem. Arregalo os meus olhos e olho em volta enquanto a doida cai na risada eu não sou puritana, mas também não tem necessidade de falar algo assim para as pessoas na rua escutarem.

- Vamos para casa tomar um banho antes que eu desista de ir no barzinho contigo. Ela pula comemorando no meio da rua e eu nego as pessoas nos olham e dão risada essa peste é ligada no 220 nem parece que faxinamos dois apartamentos hoje.

Assim que entramos em casa deixo a doidinha ir para o banho primeiro e me sento no mine sofá que divide a nossa cozinha em dois fazendo uma mine sala e uma mine cozinha, tiro o meu tênis e meias e meus pés agradecem porra já até me arrependi de ter aceitado sair tudo o que eu queria agora era um banho e ficar lerdando no sofá.

- Nem faz essa cara, vai para o banho que você vai sair comigo sim. Me assusto com a Leila que me olha feio eu suspiro e me levanto ela faz sinal que está de olho em mim, vou para o banho e a minha vontade de sair só diminui então me esforço tomo um banho rápido passo os meus cremes e perfume coloco uma roupa fresquinha é final de tarde no Rio, mas o calor parece o sol do meio dia e espero a doida se maquiar. - Ah não, sair de cara lavada não pelo menos um corretivo, um blush e um gloss vem. Nem discuto porque sei que vou perder, só deixo ela fazer o que quer e quando me olho no espelho eu até gosto do que vejo, tiramos uma foto e ela posta com a legenda: Sexta sem lei.

- É sexta com lei mesmo viu, duas cervejas e eu estou voltando para casa. Ela revira os olhos e me puxa pela mão, descemos o morro rumo ao barzinho que ela gosta como é sexta as coisas já estão agitadas por aqui o pessoal arrumando as coisas para o baile, os turistas subindo e descendo o morro com os guias nos moto táxi e muito mais.

Nos sentamos em uma mesa do lado de dentro aqui serve muita coisa já vamos jantar aqui mesmo fazemos o nosso pedido e nos sentamos escuto as risadinhas de deboche e quando olho é a mulher do dono e as amigas dela as que se intitulam as fiéis des que o Duke o outro dono saiu para a máfia e entregou o morro para o JJ que essa cobra da mulher dele se acha a rainha da Inglaterra.

- Nem olha, não vale a pena. Leila fala e eu olho para ela.

- Por mais que o marido dela seja o dono do morro, ela não tem o direito de ficar humilhando os outros e fazendo piadinhas com as amigas dela.

- E quem vai falar isso para ele? Olho para minha amiga ela tem razão o tal JJ é outro que parece que tem o rei na barriga ou melhor uma tora enfiada no cú que anda como se fosse o rei da cocada preta, cara antipático o que tem de gato tem de nojento não sei nem se ele tem dentes na boca porque todas as vezes que o vi estava de cara fechada, os nossos pedidos chegaram era uma long neck para a Leila, uma limonada suiça para mim e uma porção de frango, linguiça e batata para nós duas.

- Por isso parece uma baleia come igual os porcos que tem aqui no morro, daqui a pouco sair rolando morro a baixo chega mais rápido que os moto táxi. Jordana a primeira dama da Rocinha como ela gosta de ser chamada fala e as amigas dela ri.

- Não liga amiga. Leila fala e eu tomo um gole do meu suco.

- Não é à toa que limpa privada dos outros com essa aparência é a única coisa que dá para fazer. Uma outra que eu não sei quem é fala.

- Melhor do que se achar depois de ter duzentas plásticas no corpo para tentar ficar bonita e ser uma encostada que vive do patrocínio do marido. Olho na hora para ver quem está tomando as minhas dores e é a Bia a irmã do JJ.

- Como é que é garota? Jordana se levanta.

- O que você ouviu, querida vai fazer o que? As duas começam a bater boca e termina que Leila e eu entramos na discussão também.

- Que merda é essa aqui? Nos assustamos quando o JJ entra no bar e olha para nós como se fosse nos matar nesse momento. 

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