Segunda opção

Jordana/JJ 13

Por anos o Júlio me pediu um filho e por mais que eu não goste muito de crianças eu sabia que isso era mais que um reforço para o meu casamento o fato dele ter visto o que o padrasto dele queria fazer com a Bia jamais o fará me deixar com um filho para eu criar sozinha, e em todas as tentativas falhamos meu útero não suporta uma gestação por mais que a gente fizesse tratamento para isso, mas nos últimos meses vi que se eu não arumasse um jeito de engravidar e segurar essa criança eu iria perder o meu marido vi o Júlio se afastando cada vez mais e mais de mim o sexo ficando cada dia mais e mais raro até mesmo dormir na nossa casa, na nossa cama é algo raro para ele então fui a minha médica tirei o implante contraceptivo e comecei o tratamento para preparar o meu útero para uma possível gestação, e nas raras vezes que transamos orei para que ele me engravidasse. 

Descobrir depois dessa surra que os meus planos deram certo foi como ganhar na loteria essa criança vai devolver a armonia do meu casamento a vagabunda que está atravessando o meu lar não terá forças para lutar contra a esposa de anos e grávida do filho que ele tanto sonhou, uma criança que o pai tanto desejou da única mulher que ele amou e vai amar pelo resto da vida dele. 

Confesso que a reação dele foi um banho de água fria vi nos olhos dele quando me jurou que me expulsaria do morro que ele falava a verdade Júlio é um homem de palavra e sempre cumpre o que diz e nesse momento essa criança é a única coisa que segura o nosso casamento e eu tenho o periodo de gestação para reconquistar o meu homem, por mais que eu não tenha vocação para ser cega e não falar a verdade do que eu acho na cara daquele mortos de fome do morro vou engolir a minha personalidade e meu orgulho e voltar ser a santa esposa pela qual o Júlio se apaixou e se manteve apaixonado por tantos e tantos anos, mas essa vadia não fica com o meu marido e com nada do que é meu nem que para isso eu tenha que mata-lo, se o Júlio não for meu não será de mais ninguém. 

Meus dias no hospital são solitários ele mal aparece e quando vem fica cinco minutos e vai embora não importa o quanto eu implore para que ele fique nada o faz mudar de idéia, me controlo preciso segurar essa criança não posso me alterar e correr o risco de perde-lá ou com ela eu perco tudo sei que ele iria me deixar e se nesse momento eu perder esse filho com toda certeza do mundo ele me dá o pé como se eu fosse um maldido descartável. 

Yara me liga escondido o casamento dela está igual ao meu de mal a pior e como o Júlio o marido dela mal pisa em casa aconcelho que ela faça o mesmo que eu e engravide, a burra se recusa diz que não vai estragar o corpo dela por nada eu não digo nada cada um sabe da sua vida e nesse momento a minha depende desse filho e depois eu faço uma plástica e pronto dinheiro para isso eu tenho. 

É tedioso ficar deitada dia e noite levantando somente para o estritamente necessário, olho para a minha barriga que aínda está nula eu não queria ser mãe nunca tive vocação para isso não suporto choro de criança e toda a atenção que eles necessitam e conhecendo o meu marido como conheço sei que ele se dedicará 100% a essa coisa me deixando totalmente de lado, mas prefiro dividir a atenção dele com um filho nosso do que com uma vagabunda devemos saber escolher as nossas batalhas e a minha prioridade é tirar o foco dele da piranha e quando ele nem lembrar mais da existência dela dar o devido fim que essa cachorra merece. 

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JJ

Sai do hospital com a mente a mil, mas me esforcei e foquei no que precisava da minha atenção no momento que é a reunião da facção já vacilei de mais e sei que estou com a corda no meu pescoço então nada mais de vacilo, assim que a reunião termina peço licença a todos e volto para o meu morro preciso ver a Taimara conversar com ela des do momento em que tive a noticia venho pensando em uma coisa e não vou mais me prender a alguém que só me fode que não tem o minímo de consideração por mim enquanto tenho toda a consideração do mundo por ela.