capítulo 9

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UCKER

As bochechas de Dulce vão de branco a rosa-claro em uma questão de segundos. Ela tem o rosto mais expressivo que já vi, rápido em exibir tudo o que
está sentindo. Fico feliz que seja fácil ler o que está pensando, caso contrário, seu silêncio prolongado ao meu último comentário poderia ter me preocupado. Mas o.brilho de curiosidade em seus olhos confirma que não a assustei.
— Sério? —  Ela franze a testa.
— É. — Meus lábios se curvam num pequeno sorriso à medida que dou um passo na direção dela. — E então, vai me deixar?
Uma sombra de preocupação invade seu rosto. — Deixar o quê?
— Fazer você gozar.
Fico feliz em ver o desconforto em sua expressão se transformar em expectativa sedenta. Dulce não está com medo de mim. Está excitada.
— Hum… — Ela solta uma risada contida. — É a primeira vez que um cara aparece na minha porta perguntando isso. Sabe que parece meio maluco, né?
— Maluco? Passei o fim de semana inteirinho fantasiando sobre como fazer isso.—  A frustração se acumula em meu peito. — Em geral, não sou um babaca, tá legal? Posso ser rodado, mas sempre garanto que a garota também se divirta.
Ela solta um suspiro. — Eu me diverti.
— Você teria se divertido muito mais se eu não tivesse gozado e ido embora.
Dulce ri, o que me faz soltar um suspiro. — Você está me matando. Disse o quanto quero te fazer gozar loucamente, e você ri de mim? —  Abro um sorriso
contorcido. — A gente não acabou de concluir que meu ego é frágil?
Dulce continua a torcer os lábios. — Achei que você estivesse atrasado —  ela lembra.
— Daqui, levo dez minutos até a biblioteca. O que significa que tenho vinte minutos. — Meu sorriso se torna diabólico. — Se não puder fazer você gozar em
vinte minutos, então estou mesmo fazendo algo de errado.
Dulce brinca com uma mecha de cabelo escuro molhado, visivelmente nervosa. Meu olhar se volta para seus lábios, que brilham, à medida que a língua
os percorre para umedecê-los. O impulso de beijá-la lateja em meu sangue, e a excitação que paira no ar é intensa o suficiente para apertar minha garganta.
Dou outro passo. — E então?
— Hum…—  Sua respiração sai trêmula. — Tá. Se você quiser.
Deixo escapar um riso. — Claro que eu quero. Mas você quer?
— Que… quero.—  Ela limpa a garganta. — Quero.
Me aproximo, e seus olhos se acendem de novo. Ela me quer. Eu também a quero, mas mando meu pau cada vez mais duro se comportar. Hoje não é o
nosso dia, cara. É o dela.
Ele contrai em resposta, mas de jeito nenhum vai receber atenção agora.
Se fosse qualquer outra garota, eu poderia sugerir uma rapidinha, mas, a menos que o meu radar de virgindade esteja desregulado, Dulce  nunca transou. E não só não tenho tempo para isso agora, como também não estou ansioso para assumir a responsabilidade de ser o primeiro.
Mas isso… seguro o cinto do roupão e dou um puxão lento… isso sou mais do que capaz de fazer.
E, dessa vez, quero fazer direito.
Não abro o roupão por completo. Só deslizo uma das mãos pela abertura e acaricio com delicadeza a pele nua de seu quadril. Ela treme no instante em que
a toco. Seus olhos castanho-claros se fixam intensamente em meu rosto. Quando minha mão percorre mais uma vez seu corpo bem de leve, ela geme baixinho e se aproxima.
— Para a cama—  ordeno, com a voz áspera, empurrando-a com delicadeza para trás.
Dulce  senta na borda do colchão, mas não se deita. Seus olhos permanecem grudados em mim, como se estivesse esperando outra ordem.
Exalando um suspiro, ajoelho na frente dela e dou um puxão final no roupão, que desliza por seus ombros. O ar que eu tinha acabado de soltar volta depressa para meus pulmões. Puta merda. A visão dela pelada faz meu pau doer.
Dulce é magra, com quadris minúsculos, pernas longas e lisas, os peitos pequenos, com mamilos cor-de-rosa lindos. Sinto a saliva inundar minha boca
enquanto me inclino para apertar a língua sobre um deles. Não consigo evitar. Tenho que sentir seu gosto.
— Puta merda — murmuro contra o pontinho rígido, antes de chupá-lo.
Dulce geme, arqueando as costas e enfiando o peito mais fundo em minha boca. Quero ficar aqui o dia inteiro. Sempre gostei de peitos, e a ideia de me
manter nessa posição por toda a eternidade envia uma onda de calor para a ponta do meu pau. Mas o balanço desajeitado dos quadris de Dulce me faz lembrar que não tenho tempo. E não saio daqui até fazer essa menina gozar.
Solto o mamilo com um som molhado e pouso as mãos em suas coxas.
Elas estão tremendo sob meus dedos, o que me faz rir. — Tudo bem?
Dulce faz que sim com a cabeça, em silêncio.
Seguro de que ela ainda está no clima, abro mais suas pernas, escorrego um pouco e levo a boca até sua boceta.
Ereção instantânea.
Porra, adoro fazer sexo oral numa garota. A primeira vez que fiz, tinha quinze anos e fiquei tão excitado que gozei nas calças. Já não sou mais tão rápido
no gatilho, mas não posso negar que a sensação da pele escorregadia de Dulce , quente sob minha língua, deixa meu pau mais duro do que qualquer outra coisa.
Lambo o clitóris num movimento lento e provocante que a faz gemer.
Dulce se recosta nos cotovelos e, com uma olhadela, vejo que fechou os olhos.
Seus lábios estão entreabertos, a pulsação visivelmente acelerada numa veia no centro do pescoço. É todo o incentivo de que preciso para continuar.
Minha língua desce até sua abertura. Ela está encharcada. Nossa. Talvez eu devesse me preocupar em não repetir o antigo fiasco de gozar nas calças, porque meu saco está tão apertado que parece prestes a explodir.
Contraio a bunda para controlar o formigamento e me concentrar em fazê-la se sentir bem. Volto até o pontinho inchado que está implorando por
minha atenção, gentilmente batendo a língua nele, beijando, chupando e avaliando todas as suas respostas para descobrir do que gosta. Devagar e com carinho, continuo. Seus gemidos estão mais desesperados, e seus quadris balançam com mais força quando a provoco

Só que o tiro está saindo pela culatra, porque meu pau está cada vez mais apertado contra o fecho da calça, chegando a doer. No mínimo, vou ficar com
uma marca do zíper quando terminarmos.
Deslizo a pontinha do indicador para dentro dela, e sou imediatamente recompensado com um grito gutural.
— Bom? — murmuro, olhando para Dulce .
Suas pálpebras estão pesadas. — Ahaaaammm.


A satisfação me invade, me incitando, me deixando ainda mais determinado a fazê-la subir pelas paredes. Retomo minha tarefa. Com lambidas
gentis e lânguidas em seu clitóris, enfio o dedo cada vez mais fundo, até estar inteirinho lá dentro. Ela é apertada. Muito apertada. E molhada. Nossa. Muito
molhada.
Se não gozar logo, minhas calças também vão ficar molhadas, porque estou tão perto de explodir que…
— Vou gozar — ela geme.


Ah, se vai. Seu clitóris pulsa contra minha língua, e a boceta aperta forte meu dedo. Dulce não é do tipo que grita. Também não é muito de gemer, mas os
sussurros que saem da sua boca são mais quentes do que qualquer barulho de estrela pornô que já ouvi.
Acompanho o orgasmo, acariciando dentro dela e chupando seu clitóris, enquanto Dulce  estremece baixinho na cama. Alguns segundos depois, ela
começa a rir, se contorcendo, enquanto tenta se afastar de mim.
— Estou sensível demais —  arfa.
Ergo a cabeça, com um sorriso. — Desculpa.
— Você não pode dizer isso agora. Não depois de… — Ela inspira fundo. — Isso foi… incrível. — Dulce se senta lentamente, os olhos nebulosos de prazer. — Não sei nem o que dizer. Obrigada?
O riso borbulha em minha garganta. — Não tem de quê?
Minhas pernas estão surpreendentemente bambas quando fico de pé.
Ainda estou duro, mas o relógio na mesa de cabeceira diz que tenho onze minutos para chegar à biblioteca. Em outras circunstâncias, não me importaria em chegar atrasado, mas é o último grupo de estudo antes da prova final de marketing, amanhã, e não posso me dar ao luxo de faltar. Tirei um quatro na matéria, então reprovar é tanto uma possibilidade assustadora quanto algo que me recuso a deixar acontecer. É uma disciplina obrigatória, e não estou com a menor vontade de fazer de novo no ano que vem.


— Tenho que ir, ou vou chegar atrasado.—  Meus olhos encontram os dela.
— Posso pegar seu telefone?
— Ah. Hum…
Sua hesitação me desperta uma pontada de ansiedade. Uma das raras vezes em que peço o número de uma menina e ela fica na dúvida? Depois de eu ter virado seu mundo de ponta-cabeça?
Estou perdendo o jeito?
Ergo uma sobrancelha, a voz assumindo um tom de desafio. — A menos que você não queira.
— Não. Quer dizer, quero.— Ela morde o lábio inferior. — Agora?
Forço uma risada que espero ter soado sedutora, e não nervosa. — Agora seria bom.—  Pego meu telefone do bolso traseiro e abro um novo contato.
— Manda ver.
Dulce  recita uma série  de números, tão rápido que tenho que fazer com que pare e repita. Digito seu nome, salvo e, por fim, guardo o celular. — Talvez a
gente possa sair um dia. Ver o próximo Duro de matar…
— Aham, claro. Parece ótimo.
Sério? Outro “Aham, claro”?
O que essa garota precisa para soltar um “ADORARIA SAIR COM VOCÊ”?
— Tá. Legal.—  Engulo em seco. — Acho que te ligo, então.
Dulce não responde. No silêncio que se segue, sou tomado por uma onda de desconforto.
Então me abaixo e faço a coisa mais idiota da minha vida. Vocês têm noção? Já fiz muita burrada ao longo dos anos, mas essa…
Dou um beijo em sua testa.
Não nos lábios. Não na bochecha. Na merda da testa.
Mandou bem, garoto.
Ela me olha com um ar divertido, mas não lhe dou a chance de comentar a atitude idiota.
— Eu te ligo — murmuro.
E, pela segunda vez em três dias, deixo o quarto de Dulce  me sentindo um imbecil.

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