𝒉𝒊𝒅𝒅𝒆𝒏 𝒅𝒆𝒑𝒕𝒉𝒔 - 𝒋𝒂𝒅𝒆𝒏 𝒉𝒐𝒔𝒔𝒍𝒆𝒓 ✞︎

"A garota loira"

# Capítulo 8: A garota loira

A cobertura era deslumbrante, uma fusão de sofisticação e opulência. Assim que o grupo entrou, foi impossível não ficar impressionado com a vista panorâmica da cidade. Grandes janelas de vidro iam do chão ao teto, oferecendo uma visão infinita das luzes cintilantes que se estendiam até o horizonte. O céu noturno, pontilhado de estrelas, criava o pano de fundo perfeito para a festa que acontecia ali.

A música reverberava nas paredes, mas não era ensurdecedora - estava na medida certa para embalar a conversa e os risos dos convidados. Um DJ postado em um canto controlava as batidas suaves, misturando ritmos que faziam os corpos se moverem naturalmente pelo espaço. A pista de dança ficava próxima à piscina de borda infinita, onde alguns já mergulhavam seus pés na água iluminada por luzes de LED submersas, que mudavam de cor conforme o ritmo da música.

Mesas de mármore distribuíam-se pelo ambiente, cobertas por bebidas caras, copos de cristal e pratos com aperitivos cuidadosamente dispostos. Havia garçons circulando de forma discreta, oferecendo coquetéis e servindo pequenas porções gourmet em bandejas prateadas. A iluminação era suave, vinda de luminárias modernas suspensas no teto, criando um ambiente intimista apesar do grande número de pessoas.

Cada detalhe do ambiente parecia pensado para impressionar - desde os móveis minimalistas e sofisticados até as plantas exuberantes que traziam um toque natural à atmosfera moderna.

No centro do terraço, havia sofás de couro branco dispostos ao redor de uma lareira externa, cujas chamas laranjas tremulavam suavemente com o vento leve da noite. Ao lado, um bar luxuoso servia drinques personalizados, enquanto um barman habilidoso fazia malabarismos com garrafas e copos, arrancando aplausos e risos de quem assistia.

O ar estava impregnado com o cheiro de perfumes caros e o som abafado de conversas, risos e a música de fundo que mantinha o ambiente animado, mas sem ser exagerado. A festa era sofisticada, cheia de pessoas vestidas impecavelmente, cada uma aparentando estar em seu melhor momento, como se nada pudesse quebrar aquela bolha de luxo e diversão.

Melinda, no entanto, sentia-se levemente desconectada da atmosfera ao seu redor, como se o brilho e o glamour daquela cobertura apenas intensificassem o que ela estava prestes a descobrir.

A noite na cobertura, que começou com tanto potencial, agora parecia um borrão para Melinda. Ela ainda estava processando tudo o que aconteceu com Bryce, e, enquanto viu Jaden virando várias e varias doses de tequila, ela se permitiu se divertir e parar de pensar nele. Se ele queria agir como um idiota, ela não ia ficar se lamentando, estava ali para se divertir, certo?

O som da música eletrônica preenchia o ar, abafando as conversas e risadas que ecoavam pelo salão. Luzes coloridas piscavam intermitentemente, dando um ar quase surreal à noite. Melinda estava encostada em uma das paredes do salão, uma taça de vinho na mão, observando a multidão de rostos familiares e desconhecidos que se moviam ao ritmo da festa, ela ria de Chase e Quinton que aparentemente disputavam pedra, papel ou tesoura, para ver quem pegaria a sua próxima bebida. O problema? Estavam jogando apenas tesoura nos últimos dois minutos.

Após se cansarem, ambos se jogaram na piscina e então Melinda se afastou um pouco, seus olhos vagavam distraídos pelo ambiente, seguindo o fluxo de pessoas, quando algo chamou sua atenção de forma abrupta. Uma risada alta, clara e estranhamente familiar, perfurou a atmosfera ensurdecedora da festa. Melinda franziu o cenho, sentindo um arrepio correr pela espinha. Ela ergueu os olhos em direção ao som, seus sentidos agora em alerta.

Foi então que ela o viu.

Seu coração parou por um segundo. O tempo pareceu desacelerar, como se o mundo ao seu redor se tornasse apenas um borrão indistinto. No meio da sala, entre risos e conversas, estava Jaden, seu Jaden. Seu? Ela nem sabia se podia chamá-lo de seu, mas ela não podia negar que que tinha a expectativa de um dia chamá-lo de seu. Ele ria despreocupadamente, os olhos brilhando de um jeito que Melinda conhecia bem. Mas não estava sozinho. Ao lado dele, uma garota que Melinda nunca tinha visto antes se inclinava para ele com familiaridade desconcertante.