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8 anos atrás.

Um carro estacionou em frente a casa do lado, o modelo da segunda geração de sua linha. Dele saiu primeiro o homem e uma mulher, ambos conversando sobra a casa, os planos dos dias seguintes e o que iriam jantar naquele dia. Os dois adentraram a casa, levando algumas malas, e logo voltaram para o carro que saiu um garoto que aparentava ser um pouco mais velho, 11 anos, ele carregava um mini game e parecia concentrado no que jogava.

Ainda curioso, deixou os brinquedos de lado esticando o pescoço para ver melhor os novos vizinhos.

- Meu querido, vê se você consegue fazer o Sungho sair do carro? - A mulher disse para o garoto que jogava, ele levantou o olhar e encarou a mulher um pouco entediado - Por favor.

- Ok mãe - Ele disse meio desgostoso.

O garoto caminhou de volta até o carro e abriu a porta traseira puxando o outro garoto.

Seus olhinhos atentos espiava tudo por detrás da grande cerca do jardim de sua casa e não deixou de sorrir quando em um puxão o segundo garoto choroso, caiu no chão igual uma pelúcia fofa caindo no chão. Queria ir lá ajudar e brigar com o garoto mais velho.

Imediatamente o garoto abriu o berreiro e abraçou a pelúcia que segurava em uma das mãos.

- Sungie! - O mais velho ralhou cansado - Quanto mais cedo você aceitar que agora a gente vai vier aqui, mais fácil vai ser, para de ser um bebê chorão!

E não adiantou muito, ele continuou a chorar ainda mais. Seu corpo até fez menção em se mexer, mas ele travou quando viu o adulto voltar.

- Crianças - O pai saiu da casa, pegou o mais novo no colo e o levou para dentro de casa.

Estava curioso, fazia tempos que não tinha gente nova naquela rua, pelo menos não até a família Kim. Apesar de serem boas pessoas, o filho era novo demais para brincar por muito tempo na rua, era o que a mãe sempre dizia sendo que suas diferença de idade estava em torno de 3 anos. Mas se bem que não ia gostar de ficar perto daquele garoto mais velho.

Correndo para dentro de casa quase caindo e ainda ofegante, foi até a cozinha encontrando a mãe que cortava alguns legumes.

- Mamãe! Mamãe! - Puxou a barra do vestido da mesma - Tem gente aqui do lado! Eu vi!

- Deve ser a familia Park, meu querido - Ela acariciou sua bochecha esquerda e logo lhe deu um pedaço de cenoura crua - Vá tomar um banho e vamos daqui a pouco levar uma deliciosa torta que eu fiz, ok?

- Eba! - A abraçou e correu para o segundo andar enquanto tirava a camisa e a jogou no chão do quarto, depois juntaria ela.

Se sentia animado, apesar de que segundos depois percebeu que foi comprado com uma verdura para poder tomar banho. Sua mãe era sempre tão pretenciosa que não iria ficar nem um pouco espantado de que a torta também tivesse verduras.

(...)

- Aqui meu querido - Sua mãe olhe entregou uma barra de chocolate, só assim para ele se acalmar.

Existiam poucas coisas que seu paladar não rejeitasse, muitas delas eram doces e a maioria eram remédios. Para um garoto de oito anos, ainda era pequeno demais para a sua idade e como o esperado, Sungho sendo ainda pequeno, era tão fofo quando um bebê raposo. Disso a sua mãe tinha certeza.

𝖿𝗋𝗂𝖾𝗇𝖽𝗌.Onde histórias criam vida. Descubra agora