Capitulo 12

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O sol brilhava naquele dia, mamãe e papai queriam fazer piquenique no parque, é claro que eu reclamei, num dia desses eu queria ir à praia com meus amigos, porém eles resolveram que eu era obrigada a ir, e meu querido irmão mais velho estava do lado deles, então fomos. Bato a porta do carro quando entro, demonstrando minha raiva.
- Isabela, tenha modos.
- EU NÃO QUERO IR MÃE!
- Vai ser bom, você vai ver. - Papai liga o carro e então começa a dirigir para o parque.
- Vai ter comida ? Vai ser ótimo.
- John, você pensa em comida. - E era verdade, John nem parecia o irmão mais velho da casa, ele pensava em comida e na Lydia, a garota por quem estava apaixonado.
- Izzy.. - Papai começa, mas não termina, porque quatro carros pretos cercam nosso carro, de um deles saí um homem grande, ele tinha pele morena e usava óculos escuros.
- Quem são eles ? - John pergunta, mas ninguém responde, o homem grande chega perto da porta do carro e diz, com a voz grossa.
- Senhor precisamos levar sua filha. - Meu coração acelera, papai começa a reclamar mas o homem abre porta do carro e o joga no chão, então olha pra mim.
- Você precisa vir conosco senhorita, ou mataremos toda sua familia. - Mamãe começa a chorar e John a gritar eu saio do carro e tento correr para longe, mas algo pinica meu pescoço e minha mente começa a se apagar, a última coisa que escuto é o grito da minha mãe.

***

Acordo assustada, do meu rosto escorria uma lagrima, enxugo-a rapidamente e olho ao redor, todos ainda estavam dormindo e o sol nem tinha nascido, levanto da cama e vou até o banheiro, arrumo meus cabelos no espelho e escovo os dentes, então saio do banheiro e vou até a janela do quarto, espio nela mas não vejo ninguém na rua, então abro-a lentamente e respiro o ar da madrugada, uma lua estranha brilhava no céu, ela não tinha aquele brilho prateado de antes, o brilho era vermelho, como sangue, mas mesmo assim era linda. Meu peito doía fortemente, eu não queria ter sobrevivido, tenho certeza que nenhum de nós queria, imagino o que Alef perdeu para ter aquela postura forte, ou todos os outros, imagino os pesadelos que cada um deles tem à noite, e por cima de tudo isso temos que salvar a humanidade, deles mesmos. Aperto os olhos para segurar as lagrimas, fecho a janela e volto para a cama, me deito e fecho os olhos, minutos depois tenho um sono sem sonhos.

Perdidos no Futuro.Onde histórias criam vida. Descubra agora