Capítulo 18

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Foram cinco dias sem notícias deles, eu sentia um vazio em meu peito cada vez que lembrava deles, ninguém entendia o porquê deles terem fugido sozinhos. Sofia não disse uma palavra os cinco dias, ela tentava esconder a dor no silêncio. Melanie e Pietra tentavam conversar como se nada tivesse acontecido. Malia e Lucy apenas dormiam e comiam, feito zumbi. E eu estava sem palavras, não sabia o que fazer, nem sentir.
Uma dessas noites eu estava deitada no colchão, todas as garotas tinham dormido mas eu não conseguia. As duas guardas que estavam de vigia começaram a conversar.
- Elas dormiram ?
- Sim. Por que ?
- É melhor assim, essas garotas são estranhas.
- São mesmo, ninguém sabia delas e elas tem um sotaque antigo.
- Pois é. Quando os garotos explodiram aquela bomba todos os guardas vieram correndo para perto delas, todo mundo pensou que eles iriam atrás delas, mas eles fugiram sem nem olhar para trás.
- Você sabe aonde eles estão ? - Nesse ponto a mulher abaixou a voz.
- Eu acho que eles encontraram os Rebeldes.
- Talvez. Mas para nossa sorte tomara que isso não aconteça. - E então elas ficaram em silêncio, uma lágrima escorreu pelo meu rosto, eles nem tentaram nos libertar.

***

No dia em que tudo aconteceu Sofia tinha voltado a falar, ela dizia apenas umas palavras mas estava melhor, nós seis tínhamos nos sentado na cela para conversar, parecia que estavamos alí á uma eternidade.
- Enfim, alguém tem uma ideia do porquê ? - Pergunto e Sofia solta um longo suspiro dizendo.
- Eles provavelmente cansaram de nós e nos traíram.
- Ou aconteceu algo e eles tiveram que sair, porque depois que eles fugiram nós não fomos interrogadas.
- Malia, isso é tão confuso. - Pietra estava a ponto de chorar, Melanie tentava consololar ela.
- Isso que dá termos ficado na espera deles, de agora em diante mesmo que eles voltem com todas as justificativas do mundo temos que ter nossos próprios planos. - Sofia encosta a cabeça na parede, seus cabelos loiros estavam completamente lisos.
- Eu concordo. - Lucy sorri de canto, todas corcordavamos com aquilo.
Mais tarde quando todas estávamos preparadas para dormir ouvimos tiros e explosões, mas ninguém levantou da cama, todas sabíamos que não podíamos fazer nada, por isso quando dois estranhos abriram a cela e gritaram fiquemos assustadas.
- COMO ASSIM VOCÊS ESTÃO DEITADAS, QUASE EXPLODIRAM O PRÉDIO INTEIRO E VOCÊS ESTÃO AÍ DORMINDO.
- Não podíamos fazer exatamente nada presas aqui. - Sofia nos defende e então os dois homens acenam para serguirmos eles, é claro que seguimos, não importa que eles fossem não queríamos ficar presas alí pra sempre. Na saída do local vimos homens caídos e outros atirando, o lugar estava pegando fogo, corremos pra fora mas antes que eu pudesse sair senti um dor profunda na minha barriga, senti sangue escorrendo pela minha camiseta mas continuei correndo. A dor era intensa e minha visão estava ficando turva, meus pensamentos estavam a mil mas consegui chegar até o helicóptero do lado de fora. Assim que entramos no helicóptero desabo no chão, a dor era tão intensa e eu nem sabia o que tinha acontecido, ouço vozes ao meu redor, elas pareciam preocupadas mas não me importo. Então dentre todas as vozes reconheço uma, ALEF.
- O que aconteceu com ela ? - Ele diz se aproximando, sinto seus braços ao meu redor, droga, ele não devia ne acalmar tanto, eu queria abraça-lo mas tinha perdido minhas forças.
- Você vai ficar bem.. - Quero dizer alguma coisa mas simplesmente apago.

Perdidos no Futuro.Onde histórias criam vida. Descubra agora