Shuumatsu no valkyrie react

O desencadear de tudo

Kermit estava chateado. Não acreditava que foi impedido de participar da competição CvsC ( Class vs Class) desse ano.

— Isso é uma injustiça! Só porque eu quase matei ele na última competição?! Mas ele merecia aquilo! Aquele desgraçado tentou tocar na minha irmã!.— Ele falava consigo mesmo, andando distraidamente por um bosque qualquer da Terra.

O campeonato CvsC acontecia de três em três anos e era realizado na arena de Valhalla. Lá, vários deuses, semideus e alguns humanos colocavam seus nomes em uma lista e lutavam até sobrar apenas um. Na batalha podia tudo, menos matar e Kermit quase quebrava essa única regra. Na última competição há três anos atrás, ele descobriu que seu oponente era um cara que tentou tocar em Saniya, sua irmã mais nova e com sangue nos olhos, ele quase matou o cara.

Ele só não o fez, pois foi separado e no mesmo estante foi desqualificado da competição e suspenso, e não iria participar da próxima competição que nesse caso, é a desse ano.

Como estava chateado e não queria passar vontade vendo alguns seus amigos participarem, ele resolveu descer para Terra em um bosque que não ficava muito longe de Valhalla.

Ele andava na pequena estrada com sombra fresca que às árvores faziam e é claro, ainda resmungava.

Em meio as suas lamentações, um choro baixo mais nem tanto, foi escutado por ele. Ele então desviou sua rota e entrou na floresta, seguindo o choro.

Ao chegar perto, ele viu um pequeno riacho e ao olhar para baixo, uma pequena garotinha descalço, estava encolhida abraçando suas pernas enquanto chorava.

— Está tudo bem?.— Perguntou se agachando na altura dela.

Por ser pega desprevenida, ela se assusta, se afastando um pouco.

— Q-quem é você?! N-não se aproxime!.— Grita assustada, apontando um graveto para ele.

A pele branca da garota estava suja e um pouco machucado. Seus olhos vermelhos, mas não era de tanto chorar, a íris de seus olhos eram literalmente vermelhos. Kermit ficou um pouco surpreso pois não era comum humanos ter olhos vermelhos, principalmente humanos comuns.

— Não precisa ficar com medo, eu não vou te machucar. Eu me chamo Kermit, sou o deus da imaginação e ilusão e você, como se chama?.— Se apresenta sorridente.

— U-um deus!? Sai daqui! Por favor me deixar em paz!.— Pede assustada.

— Ei, ei, ei! Tá tudo bem, eu não vou fazer nada com você.— Fala sem saber o que fazer.

— Como eu posso ter certeza disso?.— Pergunta desconfiada.

Kermit apenas sorriu e se ajoelhou perto dela e assopra no rosto da menina.

— Prontinho.— Fala se sentando no chão.

— O que... o que você fez?.

— Ué, curei seus ferimentos.

— Ham? Verdade... não está mais doendo.— Fala tocando no próprio rosto.

— O... obrigada.— Agradece fazendo reverência.

— Ei, não precisa disso, eu fiz o que tinha de ser feito... é... você ainda não me disse seu nome.

— Ah, é Luna. Meu nome é Luna.

— Que nome bonito Luna. Mas porque alguém com um nome tão bonito está aqui sozinha, chorando e toda machucada ?.

— Bem... isso...— Fala se sentando perto dele.— Eu não tenho amigos, é por isso que eu estava sozinha.