𝑭𝑰𝑿 𝒀𝑶𝑼. ✪ Bucky Barnes, o ex-Soldado Invernal, busca reabilitar sua imagem e reconstruir sua vida após anos de controle e destruição. Angeline Prescott, CEO da renomada empresa de arquitetura Art Life, carrega consigo um passado trágico - s...
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Na frente dela, com os olhos azuis intensos fixos nos dela, estava James Buchanan Barnes. O homem que havia sido controlado pela Hydra, o homem que matou seu pai.
Bucky engoliu em seco, como se já esperasse aquela reação, mas não deixava de sentir o peso do olhar dela. Era um olhar de puro ódio, uma raiva que ele não poderia desfazer com desculpas ou justificativas. Ele enfiou as mãos nos bolsos de seu casaco, um gesto de desconforto, enquanto a observava. Por um momento, deixou que seus olhos corressem sobre ela, avaliando a mulher que agora estava à sua frente. Angeline era impressionante, mesmo ali, no calor da situação. Seus cabelos loiros ainda estavam perfeitamente arrumados, as ondas caindo graciosamente sobre os ombros. Vestia uma calça preta de alfaiataria, uma blusa branca impecavelmente engomada e saltos brancos que ressaltavam sua presença, além do blazer preto.
Mas o que mais chamou a atenção de Bucky foi o olhar dela — um misto de dor e fúria. Eram marcantes.
— Eu sou... James — ele começou, tentando manter a calma. Sua voz era grave e rouca, soando mais suave do que ele esperava, mas ele sabia que aquele momento seria tenso. Com um movimento hesitante, ele tirou a mão do bolso e a estendeu para ela em um gesto de formalidade. Queria quebrar o gelo, fazer algo para mitigar a tensão esmagadora.
Mas antes que pudesse reagir, o tapa veio rápido e certeiro. O estalo do impacto reverberou na sala silenciosa, forçando o rosto de Bucky a virar para o lado. Ele não se mexeu, não retaliou. Ficou ali, surpreso, absorvendo o choque do golpe. Seus olhos se arregalaram ligeiramente, mas ele não sentiu raiva. Apenas surpresa. Ele virou lentamente a cabeça para olhar Angeline de novo, e a expressão em seu rosto perguntava, sem palavras: Por quê?
Angeline, no entanto, não estava disposta a dar qualquer explicação. Sua respiração estava pesada, os olhos fervendo com a raiva que ela guardara por tanto tempo. Para ela, aquele homem à sua frente, por mais que tentasse se redimir ou se justificar, ainda carregava o peso do assassinato de seu pai, algo que nem o tempo, nem as desculpas, poderiam apagar.
— Não me encosta. Não fala comigo. Eu sei quem você é! Você é o assassino do meu pai! — Angeline gritou, a voz ecoando nas paredes do espaço agora desprovido de barulho, como um trovão em um céu limpo.
Para Bucky, aquele era um momento impactante. Ele havia assistido a várias coletivas de imprensa de Angeline, sempre admirando sua confiança inabalável e a postura impecável que exibia sob os holofotes. Mas agora, ao vê-la tão consumida pela raiva, ele percebeu que a fachada dela estava prestes a ruir. O desespero e a dor estavam estampados em seu rosto, e a intensidade da emoção dela quase o paralisou.
— Não era eu. — Bucky respondeu, a voz carregada de um peso que mal conseguia suportar, engolindo em seco.
— Oh, por favor! — Angeline deu um passo à frente, sua postura desafiando qualquer vestígio de empatia que ele poderia ter esperado. Estava frente a frente com ele agora, e a ferocidade em seus olhos era tão intensa que parecia que ela poderia queimá-lo. — Você vai sempre usar isso como desculpa? Foda-se que você estava sendo controlado pela Hydra! Foram suas mãos que quebraram o pescoço do meu pai naquele dia! Eu me lembro claramente disso. Eu lembro de você soltando o corpo dele no chão como se ele não fosse nada! Você deveria estar preso!
