LIGHTS OUT AND AWAY WE GO - VALU ADAPTAÇÃO.

CAPÍTULO 2.

Na manhã seguinte, nos escritórios da Obsidian North, em National City, e aguardando uma reunião com seu temível CEO, Luiza se arrepende de ter tomado aquele quarto expresso. Ela está nervosa e sente o coração disparar junto com uma sensação geral de profunda ansiedade. Certamente é o café expresso, e não o fato de que você está lá para implorar ao seu ex (seu ex bem-sucedido e notoriamente mal-humorado) por uma quantia de dinheiro verdadeiramente absurda.

Definitivamente o expresso.

Ele não recebe nenhum aviso quando Andrea entra. Ele faz isso com muita atividade e em um espanhol ruim, gritando ordens para uma assistente de rosto vermelho que luta para atender às exigências, escrevendo freneticamente em um bloco de notas que ela segura com força. A chegada deles é tão repentina que Luiza quase pula da cadeira ao ouvir as batidas furiosas da Balenciaga de Andrea; Andrea acena para a assistente e faz um gesto para que ela se sente antes que ela possa piscar.

Portanto, não há tempo para gentilezas.

Luiza dá um momento para Andrea se recompor, principalmente para seu próprio benefício. A CEO desliza de volta para sua cadeira com um suspiro e revira os olhos discretamente. Ele respira um pouco antes de olhar para Luiza com um olhar que diz: “Como você ousa aparecer por aqui?”

Luiza mantém sob controle o sorriso educado. Andrea começa a falar antes que ela tenha chance.

“Tenho que admitir, Luiza, quando vi seu nome na minha agenda, pensei mesmo que estava tendo um derrame.”

Luiza tenta não se encolher no assento sob o escrutínio daquele olhar intenso e gélido a que há anos não era submetida. Andrea se recosta na cadeira com uma sobrancelha levantada e um sorriso que é igualmente divertido e predatório.

-Surpresa? —Luiza diz limpando a garganta.

—Isso não significa que não estou intrigado em ver você.

Luiza aperta a mandíbula, tentando fazer seu sorriso parecer um pouco menos...artificial. "Bem, obrigado por reservar um tempo para me ver, Andrea. A propósito, você está fantástica. Me desculpe, já faz tanto tempo."

“Obrigada”, brinca Andrea, olhando para Luiza com curiosidade. Ele não retribui o elogio. Parece que você não dorme há uma semana.

Luiza dá uma risadinha. “Receio que não seja uma avaliação incorreta. A entressafra continua incrivelmente ocupada.”

“Acho que sim”, diz Andrea, batendo as unhas perfeitamente cuidadas (hoje na cor azul-petróleo) na mesa, um ar de desinteresse praticado colorindo o tom de sua voz. Acho que é por isso que você está aqui, certo? Sou sua última Ave Maria para evitar que sua equipe de corrida afunde completamente?

Luiza tenta não perceber como seus ombros estão tensos. Ele não acha que terá muito sucesso.

“Não exatamente,” ela diz, se fortalecendo. Mas tenho uma oferta para você.

Andrea ri, uma risada sincera e completamente inventada. Luiza sabe que é falso, mas serve ao seu propósito; Ainda dói.

“Você tem uma oferta para mim? O que exatamente você está me oferecendo pelo meu dinheiro, Luiza? Uma equipe atrasada e cheia de escândalos, cuja última grande conquista foi quase matar o melhor piloto dos últimos vinte anos? Um time que vai pagar multas e indenizações sabe-se lá por quanto tempo e que não marcou ponto nas últimas quatro temporadas? É isso que você está me oferecendo?

“Não”, responde Luiza, com um tom de voz mais alto do que pretendia. Ofereço uma equipe com oito títulos de Construtores e dez títulos de Pilotos, com instalações de última geração e uma equipe comprovada para conquistar títulos com...