𝟎𝟑. 𝙼𝙰𝚇

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‎‎ Na manhã seguinte, acordei com uma movimentação estranha sob minhas cobertas, quando abri os olhos, Beatrice pulava na cama de forma animada, enquanto cantarolava uma música que ela deve ter inventado no caminho para o meu quarto

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‎‎ Na manhã seguinte, acordei com uma movimentação estranha sob minhas cobertas, quando abri os olhos, Beatrice pulava na cama de forma animada, enquanto cantarolava uma música que ela deve ter inventado no caminho para o meu quarto.

- Vamos passear com o Max! Nós vamos passear com o Max! - franzi o cenho me virando para o lado da parede e fechando os olhos com força torcendo para que ela calasse a boca. Criança infernal.

- Você está sendo ranzinza, engomadinho - Dessa vez foi Mavis que falou, em seguida as cortinas do meu quarto foram abertas.

Será que elas conhecem o termo privacidade?

A contragosto, me sentei na beirada da cama suspirando pela dor de cabeça que retornou, quase pior do que a de ontem. Beatrice ainda pulava na cama, e eu permaneci em silêncio torcendo para que nenhuma mola saltasse e estragasse uma cama tão confortável.

- Nós vamos o que? - perguntei com calma, e olhei para a garota de cabelos escuros recostada na batente da porta com os braços cruzados.

- Passear! - gritou Beatrice, bem ao meu lado, e eu coloquei uma das mãos na cabeça. Queria jogar essa criança maldita pela janela.

Mavis sorriu e apontou para Beatrice com a mão destra.

- É exatamente isso que nós vamos fazer. Se arruma, te esperamos lá embaixo dentro de cinco minutos - Assim como ontem, as duas me deixaram sozinho no quarto, e desceram para o primeiro andar.

Obedeci ao pedido de Mavis, querendo entender como ela consegue acordar tão cedo todos os dias com essa disposição invejável. Parece que tem setenta anos de cansaço acumulados no meu corpo, meus ombros pesam, queria dormir mais.

Durante o café da manhã ela me explicou que iria me levar até a cidade para comprar roupas do meu tamanho, assim eu não precisaria ficar ajustando tudo o que visto. Era um tipo de recompensa por ter salvado o almoço de ontem.

Mavis dirigia uma caminhonete prateada, e mesmo aparentando ser um modelo mais antigo, havia quatro portas. Mavis e eu fomos nos bancos da frente, enquanto Beatrice se sentou no banco de trás.

- Podemos comprar doces também? -perguntou a mais nova e Mavis sorriu enquanto olhava para a estrada, faz cerca de dez minutos que saímos de casa. Eu me sentia um pouco desconfortável, tentei me distrair olhando para a paisagem fora da janela, mas não adiantou.

- Primeiro vamos pegar as roupas do Max - ela me olhou pelo canto do olho, ainda sorrindo. Franzi o cenho inconscientemente, ontem mesmo ameaçou cortar minha garganta e hoje está me oferecendo presentes.

Maluca.

Permaneci em silêncio, analisando o caminho enquanto a caminhonete seguia seu caminho. Após mais alguns minutos, Mavis limpou a garganta e olhou para Beatrice pelo espelho retrovisor, fiz o mesmo seguindo seu olhar. Beatrice estava distraída com bonecos.

𝔼𝐅𝐄𝐈𝐓𝐎 𝔹𝐎𝐑𝐁𝐎𝐋𝐄𝐓𝐀 - 𝖼. 𝗁𝖺𝗋𝗀𝗋𝖾𝖾𝗏𝖾𝗌 ʚɞ  Onde histórias criam vida. Descubra agora