A monarca-catradora

promessas

Pov catra

—deixe me ver se entendi a monarca deseja me ver e não Elizabeth? Por favor diga que está brincando.

—não,não estou. E não ouse recusar Catherine você não tem permissão para isso.–Mara se pronúncia.

—já falei sobre isso com ela. Também não podemos a obrigar...

—sim,podemos. É a vida da Kate que está em jogo, Amélia.–fico zonza vendo a discussão de minhas mães e decido sair da sala e as deixar falando. Assim que lido com os meus problemas fugindo.

Me dirijo até meu quarto e encontro Kate deitada lá.

—ei não deveria estar aqui. Está melhor?

—seu quarto é menos entediante que o meu. Se me virar até consigo olhar suas espadas que são muito bonitas por sinal.–ela boceja.—quando se render ao casamentos posso ficar com o seu quarto?

—posso pensar no seu caso.–brinco me sentando ao seu lado.

—realmente espero estar viva para te ver casando.

—talvez não demore muito.–digo mais para mim mesma mas ela me olha confusa.—esquece.

—não esqueço! Está apaixonada irmã?

—com toda certeza não!

—então por que estaria pensando em casamento?–Kate consegue ser mais insistente que Elizabeth e eu juntas.

—casamento as vezes pode ser um acordo diplomático. Quando as duas partes irão ganhar algo com a junção.

—por que ganharia algo com um casamento?

—está fazendo muitas perguntas para uma garotinha de oito anos!–faço algumas cócegas nela a fazendo rir.—quer dormir aqui?

—quero sim.

Assim que acordo saio de fininho para não acordar Kate. E escovo meus dentes no máximo de silêncio que consigo. Kate acorda muitas vezes durante a noite então é essencial que ela acorde o mais tarde o possível.

—bom dia Elizabeth.–digo me sentando na mesa que ela está comendo mas não tenho resposta. O que é ridículo eu que deveria estar brava pelo empurrão de ontem.—agora não fala mais comigo?–sem resposta.—você é patética.

—bom dia meninas! Posso conversar com você Catherine?–Mara se dirige a mim.

—claro.–a sigo até o escritório. Se um dia tive curiosidade para saber como ele era não tenho mais.

—amanhã iremos para Lua Clara.–Mara fala fechando a porta atrás de si.—e quero me desculpar pela pressão que te coloquei ontem mas você entende tudo que está em jogo. Se não nos juntarmos com Lua Clara não conseguiremos pagar o tratamento de sua irmã sabe que não estamos em boas condições.

—eu sei,eu sei. Se é o que é preciso então farei só preciso saber se Elizabeth também irá.–Mara esboça um pequeno sorriso.

—optei por não levá-la ainda tenho que conversar com ela sobre tudo isso e...

—deixe que eu falo com minha irmã por favor.

—claro se achar que aguenta os surtos.–ela de ombros.

—com licença.–passo por ela.

Sinto minhas pernas bambas enquanto vou até a biblioteca, sei que Elizabeth estará lá ela sempre está.

Abro a porta e como esperava a encontro sentada lendo algo.

—precisamos conversar.–sem resposta. Isso já está me irritando.—Elizabeth pelo céus fale comigo! Consegue ao menos me escutar? Elizabeth!–ela continua intacta lendo ou ao menos fingindo ler seu livro.—Elizabeth eu imploro fale comigo.–sinto meus olhos lacrimejarem.—vou para Lua Clara amanhã.–ela finalmente olha para mim mas ainda não fala nada.—escute... Não quero fazer isso mas preciso.

—sua ordinária!–ela finalmente fala.

—me perdoe.

—jamais perdoaria você não depois de sempre ficar atrás de você em tudo!–ela atira seu livro em minha direção.—Céus não é possível que tenha acontecido de novo!–ela fala ofegante.

—você sempre foi melhor em tudo quem sempre esteve na sua sombra e nunca reclamou fui eu.

—está brincando?! Acha que foi bom viver fazendo mil aulas para ser uma dama enquanto você brincava e se divertia? Eu me sacrifiquei tudo para ser melhor que você e pelo visto nunca consegui!

—e acha que foi bom quando me abandonou para voltar todo o seu tempo se dedicando a um casamento que no final pode nem dar certo? Você era tudo para mim,minha melhor amiga Elizabeth e derrepente você nem olhava mais para minha cara por estar muito ocupada. Sabe o quanto a sua soberba doeu em mim? Ao menos se importa?!

—não seja dramática. Tudo que fiz foi pelo bem de nossa família. Eu só tinha sete anos quando as condições de nossa família pioraram e as coisas só pioraram quando Kate nasceu eu era a única salvação da família porque você era amada demais para te sacrificarem. Então não venha me dizer que sofreu porque você não faz ideia de como foi a minha vida.

—e você não tem ideia de como foi a minha, Elizabeth.

—muito melhor que a minha e adivinha? No final ainda sairá ganhando o coração de quem eu amo.

—eu não quero o coração de ninguém!

—então me prometa que se esse casamento acontecer nunca irá a amar e se caso isso acontecer nunca irá dizer. Nunca irá dizer que ama a mulher que eu amo.

Promessas são algo sagrado em nossa família. São como um elo inquebrável se alguém de nossa linhagem ousar quebrar uma promessa corre sérios riscos de ser deserdado. Sempre cresci sabendo que quebrar uma promessa é algo imperdoável portanto fazer uma promessa é algo sério e não com besteiras como Elizabeth está propondo.

—isso é ridículo.

—prometa Catherine.–ela se aproxima com os olhos marejados. É estúpido as coisas que eu faço pela minha irmã.

—eu prometo Elizabeth.