Tapas e Beijos

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— Doutor Stenio, que bom que o senhor chegou! — A diretora disse.

— Drika, você tá bem? — Ele perguntou desesperado vendo a filha segurando uma bolsinha do gelo na mão.

— Tô pai... — A menina disse.

— Meu Deus, mas sua mão tá inchada.... — Ele disse desesperado.

— Essa marginal tinha que tá na cadeia, olha o que ela fez com meu filhinho! — Uma mulher disse e só então ele notou que havia mais pessoas na sala.

— Por favor, vamos manter os ânimos. — A diretora pediu.

— Eu quero que essa delinquente seja expulsa. — A mulher pediu.

— Delinquente é seu filho. — Drika retrucou.

— Adriana não piora as coisas. — Stenio disse em tom severo e Drika se calou.  — Por favor, alguém pode me explicar o que tá acontecendo? — Ele perguntou calmo.

(.......)

— Cadê ela? — Helô perguntou entrando na casa dele.

— Ixi dona Helô que ela se trancou no quarto e não quer abrir a porta nem pra Dotô Stenio! — Creusa disse.

— Eu falo que ele é muito permissivo com ela.... — Helô disse suspirando. — E tu tá fazendo o que aqui? Hoje é teu dia aqui por um acaso?

— Oxe, mas ele tava preocupado com a menina, o que custava eu vir dá uma forcinha pra ele? — Creusa se defendeu.

— Custava que é meu dia, não dele! — Helô disse brava.

— Mas as vezes eu vou pra casa da senhora nos dias dele também! — Creusa disse.

— Finginda! — Helô disse saindo e indo pro quarto de Drika.

Ela foi até o quarto da menina e Stênio estava batendo na porta implorando pra abrir.

— Obrigado por vir, não sei mais o que fazer pra ela abrir a porta! — Ele disse aflito.

— Talvez ser o pai dela e não o amiguinho né Stênio! — Helô brigou com ele.

— Tenta você, por favor! — Ele pediu.

— Eu não vou tentar, eu vou conseguir. — Helô disse pra ele. — ADRIANA ABRE ESSA PORTA IMEDIATAMENTE OU EU VOU ARROMBAR E VOCÊ SABE QUE EU ARROMBOU.

— NÃO, VAI EMBORA, NÃO QUERO FALAR COM NINGUÉM. — A menina disse.

— Vou contar até três, se tú não abrir, eu vou derrubar. — Helô disse enérgica. — Um, Dois... — Antes dela terminar a menina abriu a porta.

— Aí, graças a....EI!!!! — Stenio disse quando Helô entrou no quarto e deixou ele do lado de fora.

Stenio foi pra sala, dispensou Creusa pois sabia que ela tinha um aniversário pra ir, depois abriu um vinho e esperou Helô sair do quarto,  o que demorou quase duas horas.

— Finalmente Heloísa, eu que já tava quase invadindo aquele quarto! — Ele disse entregando a taça de vinho pra ela.

— Teu mal é esse, tu só ameaça e não cumpre, por isso ela faz o que quer com você! — Helô disse aceitando de bom grado a taça de vinho e sentando no sofá junto com ele.

— Ela pelo menos te falou porque bateu no menino? — Stenio perguntou.

— Mas é óbvio né... — Helô disse e suspirou. — Dessa vez eu vou ter que dar razão pra ela inclusive....

— Heloísa, por muito pouco a mãe do menino não processou a gente. — Ele disse.

— Acho que é você que deveria processar eles... — Helô disse.

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