A vida acontece

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Helô pegou um engarrafamento devido ao mau tempo e as ruas alagadas, demorou duas horas a mais que o que ela tinha previsto e pra piorar, Stenio não atendia o telefone. Quando ela entrou em casa com Drika, surpreendentemente, elas ouviram Bernardo e Stênio rindo.

—– Hei, não ouvimos vocês chegarem!  — Stenio disse sorrindo.

— Oi pai, oi Bê! — Drika deu um beijo rápido neles e correu pro quarto dela, ela já tinha perdido dez minutos da série favorita dela.

— Demorou em.... — Stenio disse passando Bernardo pra ela.

— Pegamos um engarrafamento e se você tivesse atendido o telefone, saberia... — Ela disse colocando o filho pra mamar, o seio dela já estava vazando e super cheio que já estava ficando desconfortável pra ela.

— Desculpa... nós estávamos brincando e eu não ouvi o telefone tocar.... – Stenio disse envergonhado.

— Hummm. — Helô disse sentando no sofá.

— Descobri que ele gosta de mim sim! – Stenio disse animado, super felizinho.

Ela bufou e revirou os olhos, enquanto Bernardo sugava avidamente em seu seio. — Claro que gosta de você Stênio.... Tú que colocou na cabeça que o menino não gostava.

— Mas ele chorava sempre que eu chegava perto ou pegava ele no colo e não vem dizer que não era porque era sim. — Stenio resmungou. — Mas, a verdade é que eu descobri que o que incomoda ele era meu perfume...

— E era? — Ela perguntou surpresa.

— É, oh ,eu estava aqui, aí aproveitei que ele dormiu e fui tomar banho, mas a campainha tocou, pra não acordar ele, coloquei a toalha e fui atender. — Stenio disse.

— Quem era? — Helô perguntou.

— O sindico falando que amanhã vão fazer reparo no elevador social.... Mas enfim, aí o Bê acordou, peguei ele, dei mamadeira, e fiquei com ele em pé e ele não chorou. — Stenio disse.

— De toalha? — Ela perguntou.

— É, daí quando eu coloquei a roupa e o perfume e fui pegar ele de novo, ele começou a chorar.... — Stenio disse rindo.

— Sério? — Helô perguntou.

— Foi, então aproveitei e tomei um banho com ele e ele amou, daí ele não chorou desde então..... — Stenio disse todo bobinho dando um beijinho no topo da cabeça de seu filho que sugava no seio de sua esposa.

— Ok.... — Helô levantou a sobrancelha para ele. — Então é comum você abrir a porta de toalha agora? E se fosse outra pessoa? —  Perguntou ela não escondendo o ciúmes em sua voz.

— Heloísa? — Ele perguntou rindo. — Ninguém teria subido sem ser avisado.

— Poderia ser a vizinha do sétimo. — Helô disse emburrada.

— Heloísa, a mulher tem quase cem anos.... — Stenio disse rindo.

— Mas não tá morta. — Ela bufou. —  Só acho que também vou começar a atender a porta de toalha.... – Provocou ele.

— Aí tá, desculpa. — Ele disse reclamando. — Mas você não tá feliz?

— Que você deixou de paranóia que um bebê de um mês e quinze dias tê odiava? Claro que eu tô feliz.... — Ela disse rindo e Stênio revirou os olhos.

Dias depois

— Qualquer coisa só ligar pra gente, os números de emergência estão anotados também em um papel na geladeira... — Helô disse.

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