Novas memórias - Neue Erinnerungen

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Culpem o Minas pela demora, ele quase me fez dormir e não acordar mais, odeio amar meu Minas.

» Boa Leitura «

        Era uma manhã quente e ensolarada em Paris, com o clima perfeito para a estreia da seleção feminina de vôlei nas Olimpíadas. A equipe do Brasil se preparava para enfrentar o Quênia, e as expectativas eram altas. No banco de reservas, Katrina, que seria poupada nessa partida, se sentava ao lado de Carol Gattaz e Pri Daroit, que nessa edição faziam parte da comissão técnica.
      Katrina observava o aquecimento das suas companheiras de equipe, o olhar atento enquanto segurava um pequeno tablet para anotações táticas. Ela estava animada para ver o time em ação, ainda mais sabendo que sua irmã, Júlia, e outras colegas estavam focadas e prontas para dar tudo de si.

      O primeiro set começou com o Brasil dominando desde o início. O saque de Macris foi preciso, e logo de cara forçou um erro na recepção do Quênia, dando ao Brasil o primeiro ponto. O time se manteve firme, com Gabi atacando forte pelas pontas e Rosamaria sendo implacável no bloqueio. Enquanto assistia ao jogo ao lado de Gattaz e Pri, Katrina observava cada detalhe, fazendo anotações mentais sobre como o time estava fluindo.

— O Quênia está tentando bloquear nossos ataques nas pontas, mas eles não conseguem reagir rápido o suficiente aos ataques de fundo. — Comentou Gattaz.

— Exatamente — respondeu Katrina — Se continuarmos variando os ataques entre as laterais e o fundo, vai ser difícil para elas se ajustarem.

       O Brasil aproveitou essa tática, e rapidamente o placar foi ampliado para 10-4. Ana Cristina entrou em quadra e mostrou sua força no ataque, enquanto Nyeme segurava bem a defesa com passes precisos. Com um ritmo forte, o Brasil fechou o primeiro set com um tranquilo 25-14, sem dar chances para o Quênia respirar. No intervalo entre os sets, as meninas faziam comentários sobre possíveis estratégias do jogo.

— O Quênia vai tentar jogar mais bolas rápidas para quebrar nosso bloqueio — disse Pri, observando o time adversário.

— Elas precisam ficar atentas ao levantamento rápido delas. Talvez seja uma boa ideia colocar mais pressão no saque para dificultar a recepção — sugeriu Katrina.

         O segundo set começou com essa mudança de estratégia. O saque agressivo de Gabi e Rosamaria causou dificuldades para o Quênia, que não conseguia organizar bem seus ataques. A defesa brasileira, comandada por Nyeme, estava sólida, e os bloqueios de Ana Cristina e Carolana eram quase impenetráveis. No banco, Katrina não conseguia esconder o entusiasmo ao ver como suas colegas estavam jogando com tanta confiança.

         O Quênia, apesar dos esforços, não conseguiu superar a pressão do Brasil. O placar rapidamente disparou, com o Brasil abrindo uma vantagem de 15-7. Thaísa, sempre consistente, aproveitou várias bolas de segunda, surpreendendo a defesa queniana. O set terminou com mais uma vitória confortável do Brasil: 25-13.

       No início do terceiro set, o Brasil já estava com total controle do jogo. Zé Roberto discutia com Gattaz e Pri discutiam sobre a possibilidade de experimentar algumas formações diferentes, mas a estratégia principal era continuar com o ritmo que vinha funcionando.

      Dessa vez, o Quênia começou mais agressivo, tentando forçar o jogo no meio e nos saques, buscando quebrar o passe brasileiro. Conseguiram abrir uma pequena vantagem de 5-3, mas logo o Brasil recuperou o controle com uma sequência de bons saques e bloqueios.
      Ana Cristina, que vinha crescendo na partida, fez um excelente set, com ataques precisos e um bloqueio que deixou as atacantes quenianas sem resposta. A conexão entre Macris e as centrais também foi um ponto forte, com Carolana e Thaísa alternando bem entre ataques rápidos no meio e deslocamentos nas pontas.

𝐂𝐨𝐮𝐫𝐭 𝐋𝐨𝐯𝐞 - 𝐑𝐨𝐬𝐚𝐦𝐚𝐫𝐢𝐚 𝐌𝐨𝐧𝐭𝐢𝐛𝐞𝐥𝐥𝐞𝐫Onde histórias criam vida. Descubra agora