Capítulo 3: O Mistério do Elevador

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Capitulo 3 : O Mistério do Elevador

A luz que entra no meu apartamento quase me cega. Meu Deus, que horas são?

Olho o celular e vejo 8 mensagens e 2 ligações da Marta. 8:00 horas! Eu dormi tudo isso!

A campainha toca, acompanhada de batidas impacientes. É a Marta, exigindo que eu abra a porta.

— Tô indo! — grito, enquanto corro para atender.

Assim que abro a porta, ela já entra com várias sacolas nas mãos.

— Eu não acredito que você me deixou plantada ontem na Paradox! A gente combinou de se encontrar lá às 20:00! O que houve?

Eu estreito os olhos, tentando lembrar. Quando foi que eu combinei isso com ela? Enquanto tira pães, café, açúcar e manteiga da sacola, Marta me encara com a expressão mais debochada possível.

Dou um sorriso fofo, tentando apaziguar a situação. Ela faz bico e revira os olhos.

— Amo você! Eu precisava muito de um café, sabia?

— É, eu sabia! Inclusive, se quiser, eu te acompanho ao mercado. — Ela abre a geladeira. — Aqui não tem nem água!

— É, eu aceito!

Enquanto preparo o café, conto a história do homem misterioso do elevador, mencionando o medo de que ele fosse um perseguidor bonitão e a silhueta que me observa pela janela.

— De calcinha? Esse cara já deve estar indo comprar um binóculo para olhar melhor para dentro do quarto! — Damos risadas, quase fazendo café sair pelo meu nariz.

— Juro que fiquei envergonhada! Não sabia onde enfiar a cara!

— Ah, mas ele com certeza sabia onde queria enfiar a cara dele! Você precisa tomar cuidado para não acabar se metendo com um tarado!

Marta sempre tem um jeito hilário de trazer leveza às situações.

— É, eu sei! — seguro a alça da xícara, preocupada.

— Olha, vamos fazer um open house? A gente podia chamar as meninas lá de casa, vir pra cá beber um pouco e falar umas bobagens. O que acha? — Ela muda de assunto com habilidade.

— Eu conheci a Dani no dia que dormi lá. Ela parece ser bem legal, chama as duas pra virem!

— É, a Dani tem suas particularidades, mas é bem legal. Vou mandar uma mensagem pra elas. — Enquanto fala, digita no celular.

Enquanto me arrumo para irmos ao mercado, Marta se debruça na ponta da cama e me passa uma lista imensa de coisas que quer me mostrar na cidade, falando sobre como é bom morar ali e as pessoas que eu preciso conhecer.

Dentro de um carro de aplicativo, lembro de Dante de novo, caminhando na minha direção com uma sacola de bebidas. Ele é incrivelmente lindo e sexy, e não sei por que, mas ele grudou na minha cabeça!

— Dante.

— Onde?

Cerro os lábios e os olhos. De novo, falei o nome dele em alto e bom som!

— Ah, sim! Ontem, eu o vi no condomínio. Ele estava com uma sacola cheia de bebidas.

— NO SEU CONDOMÍNIO? — Marta grita, curvando-se na minha direção. — Será que ele mora lá? Qual andar ele parou?

O Inferno de HannaOnde histórias criam vida. Descubra agora