Dizem que o passado não importa quando estamos no presente. Mattia Benedetti, um padre desistente que está tentando uma nova vida na gélida Moscou, não poderia discordar mais. Aterrorizado pelo que viveu dois anos atrás, encontra paz ao assumir o ca...
Finalmente voltei com mais um capítulo de CRUEL! Primeiro, quero agradecer imensamente pela recepção calorosa que deram para a história. Atualmente, estamos com quase 6 mil leituras e mais de mil votos! Fico muito feliz que estejam dando uma chance para essa história 🥺 então, para comemorarmos, decidi fazer um pequeno desafio valendo o capítulo 3 amanhã!
[Desafio: 200 votos e 820 comentários 🫡 será que vocês conseguem em até 24 horas?]
AVISO: é no próximo que vocês vão SURTAR com o que vai acontecer 🤠
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Estou sentado em uma das cadeiras do gabinete de Vladimir Romanov e mal posso acreditar. O dia de nossa conversa finalmente chegou. Eu não o encontrei, ele veio pessoalmente em minha sala durante uma de minhas aulas e me convidou ao seu escritório na sexta. Era quarta quando fez o convite. Esperei ansiosamente até sexta. Contei os dias. Agora, sinto que meu coração pulará de minha boca.
Vladimir me recebeu há alguns minutos, mas teve que se retirar para resolver uma situação urgente. Estou sozinho em seu escritório, encarando seu grande retrato com sua mulher pendurado no topo da parede ampla logo atrás do gabinete. Sua mulher, Samira, é uma loira estonteante, alguns anos mais nova que o marido. Um casal, sem dúvidas, que combina.
Durante os primeiros minutos de nossa conversa, falou que se sente fascinado por minha história porque é um escritor nato e está procurando um protagonista subversivo para sua nova história. Disse a ele que não sou nada subversivo e ele riu, mas não pareceu muito convencido. Percebi que está procurando por algum fator diferente em mim, algo que vá além de um santo. Acho que ele viu algo em minha desistência e no fato de que larguei a bata e quer investigar o que puder sobre isso.
Antes de ter que sair para resolver a urgência, eu estava me sentindo um livro que ele tentava abrir a todo custo. Não foi exatamente uma experiência boa e nem tão ruim porque pude escutar suas histórias acadêmicas e experienciar ser objeto do seu estudo tão analítico, então foi proveitoso.
Vladimir tem uma habilidade que não tenho: a capacidade de não deixar uma conversa morrer. Seu jeito desgarrado e, ao mesmo tempo, extremamente culto, apenas comprovam o motivo de ser o reitor dessa Universidade. Certas pessoas nascem com o dom da comunicação, outras se formam em busca dele.
Como Zade.
Encaro o gabinete do reitor enquanto relembro o que ocorreu quatro dias atrás. Fui espancado no estacionamento do auditório da Universidade e salvo por Zade Czar Volkov, o ex acadêmico número um daqui. Encontro um porta-retrato em que o reitor, sua mulher e Zade estão sorrindo. O antigo aluno está mais novo, talvez três ou quatro anos do que possui agora, e parece genuinamente feliz. Na moldura, está escrito: "orgulho da Uni".
