Capítulo 12 - Além do Sobrenatural

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A noite havia caído suavemente sobre Nova Orleans, com as luzes da cidade refletindo nos rios e as notas de jazz ecoando ao longe. Na mansão Mikaelson, o ambiente estava silencioso, mas uma tensão suave pairava entre Elijah e Celeste. As visões do passado, especialmente os momentos que ela vivera ao lado dele em 1492, ainda pulsavam em sua mente. Celeste estava inquieta, sentindo o peso daquelas memórias e de sua conexão inexplicável com Elijah.

Celeste caminhava lentamente pela sala de estar, seus dedos traçando os contornos dos móveis, pensativa. Elijah, que estava observando-a, se aproximou calmamente, seus olhos preocupados, mas cheios de compreensão.

"Você está muito quieta esta noite," ele disse suavemente, tentando ler as emoções que ela escondia por trás de seus olhos sempre misteriosos.

Celeste parou e deu um suspiro pesado, antes de se virar para ele.

"É difícil não estar," respondeu ela, a voz suave, mas carregada de incerteza. "Essas... memórias... eu não entendo. Eu nem deveria estar viva naquela época. Como posso confiar no que sinto por você, Elijah, se talvez tudo isso tenha sido forjado por algo maior? E se eu não tiver escolha? E se nós não tivermos escolha?"

Elijah deu mais um passo em direção a ela, sua expressão séria, mas ao mesmo tempo, gentil.

"Você acha que nosso amor foi escrito por forças além de nós?" ele perguntou, sua voz profunda carregada de uma ternura que fazia o coração de Celeste vacilar.

Ela desviou o olhar, lutando para colocar seus pensamentos em palavras.

"Eu não sei," admitiu. "Essas memórias... elas não são apenas lembranças. Elas são como uma parte de mim que eu nunca soube que existia. Eu me sinto tão conectada a você, como se, em cada vida, nós sempre estivéssemos destinados a nos encontrar. Mas o destino não me dá conforto. Ele me faz questionar se o que sinto por você é realmente meu, ou se é apenas... manipulado."

Elijah ouviu em silêncio, deixando as palavras dela penetrar fundo. Ele sabia que a confusão dela era válida, mas havia algo que ele acreditava com todo o seu ser.

"Celeste," ele começou, sua voz calma, mas firme. "O destino pode nos colocar em certos caminhos, nos levar a encontros que parecem escritos nas estrelas, mas o que fazemos com esses encontros, as escolhas que fazemos... isso é nosso. Não importa o que o destino tenha planejado. Eu escolhi te amar. E, desde que você voltou à minha vida, nada me parece mais real do que isso."

Celeste olhou para ele, os olhos brilhando com uma mistura de emoções. "Mas, e se isso tudo for apenas uma ilusão, Elijah? E se estivermos vivendo uma mentira criada pelo universo?"

Elijah se aproximou ainda mais, seus dedos tocando delicadamente o rosto de Celeste, fazendo com que ela o olhasse diretamente nos olhos.

"Se é uma ilusão," disse ele, sua voz cheia de paixão contida, "então é a mais bela ilusão que já vivi. Mas eu não acredito que seja. Você é tão real quanto eu. Nosso amor... eu sei que é nosso. Não é algo forjado ou manipulado. Você não é uma marionete do destino, Celeste. Você é forte, independente, e sempre fez suas próprias escolhas. E eu... eu escolho você. Sempre escolherei."

"Você realmente acredita nisso, não é?" ela sussurrou.

Elijah assentiu, os olhos fixos nos dela.

"Com cada parte de mim."

Celeste respirou fundo, sentindo o peso do momento. "Talvez, então, seja hora de eu parar de lutar contra isso... e começar a viver o que está bem na minha frente."

Elijah sorriu suavemente, e o alívio brilhou em seus olhos.

"Eu estaria ao seu lado, sempre," ele prometeu.

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