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Gayest of gays

Capítulo 5 - Gayest of gays

cont...

"Eu gosto de mulheres, eu sou lésbica."

"Oh" – Disse entreabrindo a boca surpresa. "Eu não imaginava." – Tentou soar natural. "Eu não tenho nada contra, eu não me importo, eu só não esperava. Mas isso é, uh. Diferente! Não que eu me importe, é só que eu nunca conheci alguém que gostasse de mulheres. Mas eu juro que não tenho nada contra, acho até legal. Não legal, ah eu não sei explicar, eu só não tenho nada contra sabe? Eu, eu..." – Tentou se explicar nervosa, gesticulando as mãos sem parar.

Ao perceber o nervosismo da mulher, a morena levantou-se e se sentou ao seu lado segurando as suas mãos que não paravam de gesticular.

"Lorrane, para." – Pediu olhando em seus olhos. "Está tudo bem, ok? Eu entendi, está tudo bem. "

"Eu só queria que você soubesse que eu não tenho preconceito algum, eu só estou tentando fazer você entender que está tudo bem para mim e que..." – A morena a cortou.

"Lorrane, eu preciso que você pare de falar." – Disse levando sua mão direita até o rosto da mulher, segurando na tentativa de acalma-la. "Está tudo bem, eu já entendi." – Passou o polegar levemente na bochecha dela.

Lorrane involuntariamente fechou os olhos com o contato. Quando abriu, encontrou os castanhos lindos da morena. Ela lhe lançava um olhar compreensivo que fez Lorrane sorrir constrangida pelo seu desespero. Levou suas mãos sobre as da morena e lançou um sorriso, Júlia observou a mulher fechar os olhos com o contato da sua mão. A morena não pode deixar de sorrir para o ato carinhoso dela. Júlia sentiu seu coração bater mais forte, ela estava impressionada como Lorrane era diferente de todas as mulheres que já conheceu. Sentiu seu corpo inteiro estremecer com o contato da mão da mulher sobre a sua. "PERIGO" a sua mente gritava. Ao ver o sorriso de Lorrane tão sem jeito, a morena não teve outra intuição que não fosse retribuir, dando a outra o seu sorriso mega watt.

Era incrível como a morena parecia estar enfeitiçada por aqueles olhos. Julia desviou o olhar sobre o pescoço da mulher a sua frente e percebeu que o seu roupão estava frouxo o que acabou deixando seus ombros expostos. Julia teve a visão privilegiada dos ombros da outra. Ela pode ver a alça do sutiã preto de renda que Lorrane usava. A morena sentiu quando uma onda de calor avançou sobre seu corpo e engoliu seco. Passou a língua nos lábios e percebeu quando Lorrane acompanhou o olhar. Repreendeu-se imediatamente por ter sentido vontade de avançar sobre os lábios dela. Ainda tonta com a imagem à sua frente, Julia tirou a mão rosto e se levantou.

Lorrane que ainda estava perdida em seus pensamentos com a forma que a morena a encarava, assustou-se quando a latina levantou-se. Rapidamente levou suas mãos até seu roupão e deu um nó mais forte. Ela ainda se perguntava o porquê das descargas elétricas que sentiu em seu corpo, ao perceber a forma que a morena lhe encarava. Estava confusa, ela não fazia a menor ideia do que se tratava, ela nunca tinha sentido isso antes, seu corpo nunca tinha ficado desse jeito. Julia foi até sua adega e voltou com dois vinhos em mãos, a morena pediu Lorrane para escolher um, já que elas ficariam ali por mais algum tempo, pensou porque não beber algo um pouco mais forte do que um chocolate quente, já que seus corpos já estavam bastante aquecidos.

Enquanto Julia foi buscar as taças, Lorrane aproveitou para ir buscar suas roupas na secadora e se trocar. Quando a morena voltou, serviu suas taças e sentou-se na ponta do mesmo sofá em que estava antes. Julia ouviu seu cachorro resmungar e levou seus olhos até o mesmo. "Eu sei o que você está pensando, e NÃO. Eu não vou fazer nada, é só uma taça de vinho." – Disse a morena levantando a taça, mostrando para o cachorro. "Pode confiar em mim Aron, o que você acha que eu sou?" – A indagou o cachorro, esperando uma resposta. "Eu vou me comportar, ela é linda, tem os olhos e o sorriso mais bonitos que já vi, eu confesso. Mas ela é comprometida, você sabe que eu JAMAIS ficaria com uma mulher comprometida. Então pare de me olhar assim." – Terminou, o repreendendo. O animal cruzou as patinhas e deitou-se sobre a mesma fazendo um som triste.