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You are the best part of me

Capítulo 27 - You are the best part of me

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"Meu deus, Julia." – disse correndo ajoelhando-se no chão a sua frente. "Por favor, fala comigo." – pediu chorando encostando a palma da mão em seu rosto tentando desperta-la. "Chame a ambulância, pelo amor de Deus." – gritou desesperada para Rebeca que ainda em choque buscou o telefone em seu bolso para ligar.

Rebeca recebeu a orientação de não tocar em Julia. Simone estava desesperada tentando reanima-la chamando por seu nome. Rebeca abraçou-a com força tentando acalma-la. A ambulância chegou rapidamente e com todo o suporte a colocaram na maca carregando-a para fora. Rebeca e Simone acompanharam-na caminho do hospital.

Quando chegaram ao hospital, Julia fora levada ainda desacordada para emergência. Simone estava desolada em um canto e enquanto Rebeca fora buscar um copo d'água.

"Beba, por favor." – pediu entregando o copo em sua mão.

"Acha que ela vai ficar bem? Por que ela não estava acordando?" – perguntou antes de virar o corpo na boca bebendo a água.

"Eu não sei, acho que é por causa da pancada forte na cabeça. Ela vai ficar bem, não se preocupa." – pediu.

"Estava saindo sangue da cabeça dela, como não vou me preocupar? A culpa foi minha, se eu não tivesse a deixado sozinha lá em cima nada disso teria acontecido." – culpou-se.

"Ei, olhe para mim." – pediu segurando seu queixo. "Você não tem culpa de nada, está me entendendo?. Julia é uma mulher adulta, ela sabe o que faz. Você não tem culpa de nada, graças a Deus você estava lá, já pensou se ela estivesse sozinha? Ela iria perder tanto sangue que quando você chegasse era capaz de." – fora cortada.

"Por favor, nem termine. Eu não quero nem imaginar se alguma coisa acontecesse com ela, eu... Eu." – não conseguiu finalizar.

Rebeca acolheu-a em seus braços em um abraço. "Shhh, não precisa pensar. Só, por favor, não se culpe. Graças a Deus que você estava lá. Agora vai ficar tudo bem, eu prometo." – tentou consola-la.

Ficaram abraçadas por longos minutos até que Rebeca lembrou-se de Lorrane.

"Preciso avisar Lorrane" – disse desfazendo-se do abraço buscando por seu telefone no bolso.

"Não, você não precisa." – avisou segurando suas mãos impedindo-a de discar o número.

"Ela precisa saber o que está acontecendo." – disse sábia.

"Se ela quisesse saber de Julia, ela não tinha terminado deixando minha amiga no estado em que ela se encontra." – esbravejou.

"Lorrane também não tem culpa do que estar acontecendo."

"Talvez, de qualquer forma a gravidez dela é de risco e ela não pode ter fortes emoções. O que você vai dizer? Que Julia caiu da escada e que saia tanto sangue de sua cabeça que não sabemos nem dizer se ela esta viva ou morta?" – disse seca encarando-a.

"Simone..." – repreendeu-se.

"Isso vai fazer mal para o bebê, espera pelo menos o médico vir dar noticias, ai você conta pra ela o que aconteceu. Quem sabe assim ela volta atrás nessa ideia absurda de abandonar Julia."

"Você tem razão." – disse guardando o celular. "Vou esperar o médico para nos dar noticias primeiro. Agora, por favor, não fique com tanta raiva da Lorrane, ela também está sofrendo." – lembrou.

"Sim, está. Mas não é ela que chegou desacordada no hospital com a cabeça sangrando" – disse rancorosa fazendo Rebeca preferir o silêncio.

Rebeca não queria defender Lorrane, sabia que ela estava errada nessa história toda. Nunca fora a favor da decisão de sua amiga, mas o que poderia fazer? Lorrane era uma mulher adulta e responsável pelos seus atos, infelizmente não havia nada que Rebeca pudesse fazer para reverter isso. Se existisse algo, com certeza ela o faria. A aeromoça sabia que nenhuma outra pessoa conseguiria fazer Lorrane feliz como Julia estava fazendo. Até tentou ir contra sua amiga, mas a escritora estava mais do que decidida a abrir mão do seu amor, para tentar livrar seu filho de qualquer preconceito que pudesse vir a enfrentar no futuro.