desprezo

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Em um trem andava, dia após dia,
O trajeto feito era sempre corriqueiro,
Não via o porquê de tentar o diferente.

Em meus olhares sempre havia um belo cartaz,
Chamativo, assim como tudo que é harmonioso,
Há tempos não era por mim admirado.

Harmonia que nunca houve razão,
Harmonia que nunca teve valor,
Como é raro isso nesse mundo,
Uma novidade... Boa.
Sou lançado do trem,
Ninguém se importa obviamente.
Infinitamente fico caído,
Até ser parado de maneira inesperada.
Uma flor de mim desabrocha,
Mirando o cartaz antes desprezado.

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