Capítulo 31

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🖤 KAREN GASPAR 🖤

O último mês foi bem tranquilo, pois ainda estava de férias. Fevereiro já começou com muito trabalho e exaustão, estou saindo de casa às seis horas da manhã e só volto depois das sete da noite. Novos autores chegando na editora, livros para passar por avaliação, edição, diagramação... sem contar com o meu novo livro que estou até sem tempo para escrever.

Patrick também não fica atrás, desde que voltou a trabalhar, ele sai cedo e volta tarde pra casa. Alguns críticos decidiram marcar dias durante o mês para visitar o local e provar as comidas feitas por Patrick. Sem contar que o cacheado está trabalhando duro para abrir um restaurante novo em outro estado.

Nós dois estamos lotados de trabalho e preocupados com Luna, até porque isso está nos distanciando dela, mal vejo minha filha, e quando vejo, estou tão exausta que não consigo nem se quer assistir um filme com ela.


🖤 LUNA GASPAR SANTANA 🎻

Estamos na metade de fevereiro, meus pais mal param em casa e tenho me sentido sozinha, Lorenzo continua estranho, não me mandou mais mensagem, estou ficando bem estressada... o que me faz querer me divertir aprontando... Talvez eu consiga chamar a atenção deles assim.

Após chegar da escola, caminhei para o quarto dos meus pais à procura de algo que eu possa usar para chamar a atenção deles. Olhando ao redor encontrei o tão amado fone da minha mãe, o peguei e sai para o quintal com ele.

Coloquei o objeto dentro de uma caixa e corri pelo campo e o enterrei perto de uma árvore, corri de volta pra casa e esperei meus pais voltarem. Minha mãe usa ele todas as noites, logo notaria que ele não estava ali.

As horas se passaram lentamente, estava na sala, quase dormindo, quando ouvi a porta sendo aberta, já se passava das dez da noite.

— Luna? O que faz acordada a essa hora? Devia estar dormindo, tem aula amanhã — minha mãe fala se aproximando de mim no sofá.

— Eu tava esperando você e o papai — falo sonolenta.

— Vá pro seu quarto, parece bem cansada, irei lá em alguns minutos — ela fala e assinto.

Caminho para meu quarto, me deito em minha cama sentindo minhas pálpebras pesadas. Minha mãe veio em meu quarto deixou um beijo em minha testa e saiu do local, adormeci rapidamente.

No dia seguinte, acordei mais cedo que o natural, me arrumei e vi minha mãe estressada com o meu pai, não entendi o motivo.

— Amor, calma, vamos achar, mas você precisa terminar de se arrumar, vai acabar se atrasando — meu pai falava calmamente.

— A Editora é minha, Patrick, não tem como se atrasar para um trabalho em que você não tem horário pra entrar — ela fala irritada vasculhando o sofá.

— O que estão procurando? — pergunto vendo meu pai colocar nosso café da manhã na mesa.

— Acordou cedo hoje — ele fala me encarando — sua mãe não sabe onde deixou o fone dela.

— Eu peguei ele ontem — falo e dou de ombros, ela me encara séria — o que foi?

— Já mandei ficar longe do meu fone, Luna — ela fala caminhando até nós na mesa — onde colocou ele?

— Não me lembro, acabei perdendo no final da tarde — falo e vejo minha mãe ficar brava.

— Se não achar meu fone você vai passar o resto do mês de castigo.

Promete - Katrick 2Onde histórias criam vida. Descubra agora