Capítulo 19

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🍫 GABRIEL MONTEIRO 🏆

Acordo bem cedo e vejo que Matheus ainda dormia, balanço o garoto fazendo com que ele acorde lentamente.

Nos arrumamos e saímos das cabanas em direção ao refeitório, haviam poucas pessoas e os que estavam ali pareciam mais zumbis de tanto sono.

— Bom dia, gente — falo me sentando à mesa.

— Só se for pra você — Luna fala e deita sua cabeça na mesa.

— Nossa, que mal humor, o que houve? — Matheus pergunta e a garota levanta a cabeça lentamente com os olhos bem apertados.

— Não consegui dormir direito, estava sem sono, ainda sai da cabana pra andar um pouco, mas nada adiantou.

— Então você não dormiu? — pergunto e ela assente — como vai participar das atividades de hoje?

— Não sei, não me pergunte — ela fala e deita a cabeça na mesa novamente.

— Bom dia, gente — Laís fala entrando no local e sentando ao meu lado, beijo sua bochecha e vejo um sorriso lindo surgir em seu rosto.

— Odeio casal feliz — Luna fala sem nos olhar.

— Só fala isso porque o Lorenzo ainda não acordou — Matheus brinca.

— Ele já acordou, está ajudando minha mãe com as coisas do paintball.

— E você não foi ajudar por que? — Laís pergunta curiosa.

— Nós dois brigamos ontem a noite, não quero ficar perto dele agora, ainda estou com raiva dele.

— Oxi, por que vocês brigaram? — Matheus pergunta confuso.

— Virou interrogatório agora? — Luna pergunta irritada e nós levantamos as mãos em rendição.

— Tudo bem, não tá mais aqui quem falou — falo e ela suspira.

— Lorenzo e eu somos muito diferentes um do outro, ele é todo certinho e eu amo aprontar, como ontem foi um dia corrido e o dia anterior eu passei preocupada com a minha mãe, Lorenzo não brigou muito comigo, mas a noite ele tirou direto pra dizer o quanto aquilo foi perigoso e terrível, praticamente me deu uma aula de ciências sobre como os sapos podem ser perigosos ou os insetos... — ela fala e revira os olhos.

— Caramba, mas ele pegou pesado mesmo — falo.

— Luna, ele só queria te proteger, os sapos podem até ser inofensivos, mas se, sem querer, atingir os olhos deles, eles liberam veneno, sem contar com os insetos, tio Alex está todo machucado por causa deles — Laís fala e Luna revira os olhos novamente.

— Outra aula de ciências agora não, por favor — Luna reclama e rimos da mesma — o fato é que Lorenzo não me aceita como eu sou, ele não entende que eu gosto de aprontar, que eu amo brincar com todo mundo, assustar todo mundo, minha mãe era assim, talvez eu seja um pouco pior que ela, mas ainda sim, não é por maldade, na nossa cabana iam ter insetos porque eu tinha medo de sapo, mas eu não quis os insetos porque sei que você tem fobia, então os meninos colocaram o sapo e correram para as cabanas.

— Mas você também tem fobia a sapos — Laís fala e fica pensativa — você preferiu passar medo a me deixar com medo?

— Sim, Laís, eu não faço as coisas por maldade, acho que aqueles bichos não passaram nem dez minutos nas cabanas, colocamos e seguimos direto para os outro, só que o Lorenzo não entende que eu não sei ser séria e quietinha demais, eu gosto de quem sou.

Promete - Katrick 2Onde histórias criam vida. Descubra agora