Ajudante

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Isadora narrando

Acordo cedo com o despertador e antes mesmo que eu o desligue o tal do Alfa esfaqueado pega meu aparelhinho jogando na parede com ódio, olho assustada para o negócio que cai no chão estilhaçado em muitas partes.

— Caio do céu — falo e ele me abraça novamente me impedindo de me mover

— Dorme companheira, eu nos protejo — ele diz calmo fechando os olhos, seus braços ao meu redor é definitivamente uma das maravilhas do mundo, não posso negar, mas.

— Eu tenho que trabalhar — digo e ele resmunga.

— Você é minha companheira agora, eu cuido de você — ele diz sério mas por mais que seja imensamente fofo eu tenho que ir.

— Ta ok, mas eu ainda preciso tomar conta de algumas coisas — digo e quando ele entende que não vou desistir ele me deixa levantar.

Corro ao banheiro fazendo minha higiene rápida, retorno pegando minhas roupas para o dia, jeans, uma regata branca, me mantenho descalça agora mas separo minhas botas para o dia.

São exatamente cinco horas agora, eu dormi muito pouco e isso já em causa uma lerdeza, mas tenho trabalho a fazer, ontem já perdi uma manhã cuidando do lobo peladão, já devem ter notado falta.

Pego uma xícara de café preto bem forte e amargo para acordar bem, esse é meu combustível.

Começo as massas com pressa e logo parto para os recheios e coberturas no fogo.

[...]

Coloco os muffins, cupcakes, bolos, tortas, pães e baguetes nos seus cestos e moldes corretos e começo a carregar eles até meu carro. Me assusto ao passar pela sala e ver o lobo em pé totalmente nú me olhando.

Abro a boca em choque admirado todo o seu, conteúdo e vejo seu sorriso, essa visão de manhã, é definitivamente algo.

— Preciso de roupas — ele diz e nego com a cabeça.

— Para mim está ótimo, não estou reclamando — ele sorri para mim e quando meu relógio apita em meu pulso retorno a realidade — Vou te trazer algo. Prometo.

— Cheira bem — ele elogia o que carrego e agradeço.

— Obrigada, já tenho três outras entregas no carro, mas eu te deixei um pouco te tudo na cozinha, volto o mais rápido que eu puder.

Corro apressada para meu carro mais uma vez e dirijo até a cidade, essa tal de Deusa Lua não brinca em serviço com seus lobos em, que lobo gostoso, abençoado seja ele e a criadora dele.

[...]

Chego no meu terreno e rio olhando a cena, Caio aparentemente cortou uma de minhas calças de moletom largas e fez uma bermuda justa para ele.

Vejo o homem cortar lenha tal qual um modelo de revista rústica, seu suor faz seu corpo brilhar lindamente refletindo cada músculo, saio do carro até meio desconcertada e ele parece escutar me olhando e acenando sorrindo.

— Não deveria estar repousando? Seu machucado foi feio — aviso e ele se vira de costas me mostrando a ferida quase fechada já — Mesmo assim devia descansar.

— Não consegui, e a lareira apagou, precisava de mais lenha, só fiz isso — ele diz e assinto com a cabeça

— Não sabia seu estilo — aviso entregando as sacolas de roupas, comprei tudo na cor preta, e nos maiores tamanhos que eu via, meu hulk de cativeiro pega tudo com calma e coloca sua mão grande atrás de minhas costas me guiando para casa.

Minha Loba PerdidaOnde histórias criam vida. Descubra agora