Capítulo 1

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- Dylan Belford

Somos culpados por nossos sofrimentos? Ou não? Se erramos, "nos arrependemos" e depois erramos novamente, somos culpados? Mas, errar é humano. Nascemos para errar. Nascemos com o intuito de fracassar em certas coisas.

Acordo com aquela sensação ruim novamente, por mais quantos dias eu vou continuar com isso? Senti que minha vida virou completamente de cabeça pra baixo, mas nada que me afete. Já lidei com coisas supostamente piores. Mas essa sensação de que algo está para acontecer vem me preenchendo a cada dia que passa.

Me arrumo para poder ir à minha casa na floresta, às vezes me pergunto o porquê eu fiquei com aquela casa. Mas quando lembro que vou para lá para fugir do mundo, essas perguntas somem. Era como se aquele lugar fosse ponto de paz, mesmo por dez segundos.

Foi o último lugar que eu a vi. E ainda sinto seu cheiro espalhado pela parede.

Há alguns dias venho notando coisas diferentes na casa, como alguns rastros em volta dela. Talvez sejam apenas caçadores que passaram por perto, mas ainda sim tenho dúvidas. A casa de fato é afastada, oque acaba chamando atenção para ladrões. Por mais que as trancas sejam boas, se eu souber que alguém entrou naquela casa eu juro que faço essa pessoa se arrepender amargamente.

Chegando na casa, notei que havia mais passos e dessa vez notei que tentaram abrir a porta. Tentativa totalmente falha, óbvio. Mas porra, por que insistem em roubar aqui? O que caralhos eles acham que tem ali dentro além de móveis velhos, poeira e uma porrada de lembranças?

Lembranças. E que lembranças.

Ísis LeBlanc. Esse maldito nome me persegue a anos.

Apenas de lembrar seu nome, o arrepio percorre sobre minha espinha. Esse nome maldito era o motivo da minha perdição.

LeBlanc. Como eu costumava chamá-la. Ou anjo sombrio. Ela era o meu demônio em forma humana. Minha verdadeira perdição.























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