𝑨 𝑪𝒂ç𝒂𝒅𝒂 (8)

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A manhã seguinte trouxe um céu nublado e uma sensação de inquietação na cidade. Lucas, Clara e Victor se reuniram na clareira onde haviam selado o pacto. O clima estava pesado, e a tensão era palpável.

“Precisamos nos preparar,” Victor disse, olhando para Clara. “Os lobisomens não vão esperar. Eles sentirão nossa presença.”

Clara assentiu, seu rosto sério. “Eu senti uma mudança na energia da floresta. Eles estão perto.” Lucas sentiu um frio na barriga. “O que fazemos agora?”

“Precisamos encontrar a fonte dessa energia,” Victor explicou. “Acho que eles estão se mobilizando, e podem estar caçando Clara.”

“Eu não posso ficar parada enquanto eles vêm atrás de mim,” Clara disse, sua determinação evidente. “Temos que agir antes que seja tarde.”

“Vamos usar as habilidades de Clara,” sugeriu Lucas, querendo se sentir útil. “Se ela puder detectar onde estão, podemos surpreendê-los.”

“Certo,” Clara respondeu, concentrando-se. “Eu tentarei me conectar à energia da floresta. Mas preciso que vocês fiquem alertas.”

Lucas e Victor se posicionaram ao lado dela, prontos para qualquer coisa. Clara fechou os olhos e respirou fundo, sussurrando palavras que pareciam dançar no ar. Uma brisa leve surgiu, e Lucas sentiu a presença de algo sombrio nas proximidades.

“Eles estão vindo,” Clara declarou, abrindo os olhos, que agora brilhavam com uma luz interna. “Vamos, temos que nos mover.”

Os três seguiram por entre as árvores, os sentidos aguçados. A floresta estava silenciosa, mas a tensão era inegável. A cada passo, Lucas se perguntava o que os aguardava.

De repente, um uivo distante cortou o silêncio. Victor parou, colocando um dedo nos lábios. “Está perto. Precisamos nos esconder.”

Eles se agacharam atrás de um tronco caído, observando uma sombra se mover entre as árvores. Lucas viu uma figura imponente, um lobisomem, seus músculos tensos, o olhar fixo no chão. “Eles estão caçando Clara,” murmurou Victor.

“E se ele nos encontrar?” Lucas sussurrou, sentindo o coração acelerar.

“Não vamos deixar isso acontecer,” Victor disse, seu olhar determinado. “Clara, tente desviar a atenção dele.”

Clara assentiu e começou a murmurar outra encantamento. A figura do lobisomem parou, como se estivesse ouvindo algo distante. “Agora!” Victor ordenou.

Lucas e Victor saltaram do esconderijo, e Clara lançou um feitiço, criando uma onda de energia que fez o lobisomem hesitar. A criatura rugiu, confusa, enquanto os três avançavam.

“Para onde vamos?” Lucas gritou, a adrenalina correndo em suas veias.

“Para a clareira!” Victor respondeu. “Precisamos atrair mais deles!”

Eles correram, Clara à frente, lançando feitiços que confundiam os lobisomens que começavam a surgir ao redor deles. Lucas sentia a urgência de proteger Clara e, ao mesmo tempo, lutar ao lado de Victor.

A clareira logo estava cheia de lobisomens, seus olhos brilhando na escuridão. “É agora!” Victor gritou, desembainhando suas garras.

Lucas respirou fundo, sentindo a força do pacto. “Juntos!” ele bradou, e os três se uniram, prontos para enfrentar a tempestade que se aproximava.

Com um rugido feroz, os lobisomens avançaram, e a batalha começou. Lucas lutava com toda a sua força, focando em proteger Clara e Victor, sabendo que o destino de todos estava em jogo. A noite se tornaria um palco de coragem, lealdade e luta pela sobrevivência.

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