𝑶 𝑬𝒄𝒍𝒊𝒑𝒔𝒆 (18)

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A clareira estava mergulhada em uma luz suave, mas intensa, à medida que o eclipse lunar começava a se dissipar. A energia da árvore pulsava em um ritmo constante, refletindo a união recém-forjada entre Lucas, Clara, Victor e Kael. No entanto, a paz era ilusória; Lucas sentia que algo grande estava prestes a acontecer.

“Vocês sentem isso?” Clara perguntou, olhando ao redor. “A floresta está diferente.”

“Sim, a energia está mais viva,” Victor respondeu, observando os pequenos animais que começavam a se aproximar da árvore, atraídos pela luz. “Mas também há uma sensação de expectativa no ar.”

Kael cerrou os punhos. “Devemos nos preparar. Morwen pode tentar retornar, e ela não virá sozinha.”

Lucas fechou os olhos, tentando sintonizar-se com a energia da floresta. Ele sentiu a pulsação da vida ao seu redor, mas também percebeu uma sombra que se aproximava. “Ela está vindo,” ele declarou, abrindo os olhos. “A escuridão não foi completamente afastada.”

Logo, uma neblina densa começou a se formar na borda da clareira. As sombras se aglomeraram, e Morwen apareceu novamente, cercada por criaturas sombrias. “Vocês acham que podem me deter com essa luz patética?” sua voz era gélida, cheia de desprezo.

“Desta vez, estamos prontos para você,” Lucas afirmou, sentindo a energia do artefato pulsar em suas mãos.

“Prontos? Para quê?” Morwen zombou, as sombras se contorcendo ao seu redor. “Vocês podem ter feito alguns sacrifícios, mas isso não é suficiente para derrotar a verdadeira força da escuridão.”

“Não precisamos da sua definição de força,” Clara respondeu, seu olhar firme. “Estamos unidos, e isso é mais poderoso do que qualquer magia negra que você possa conjurar.”

“Vamos ver, então,” Morwen desafiou, estendendo as mãos. As sombras ao seu redor começaram a se agitar, formando criaturas grotescas que avançaram em direção ao grupo.

“Agora!” Lucas gritou, e todos concentraram sua energia na luz da árvore. O artefato começou a brilhar intensamente, e uma onda de luz irrompeu, empurrando as criaturas sombrias para trás.

As criaturas hesitaram, mas Morwen não recuou. “Vocês não sabem o que estão invocando!” ela gritou, e a neblina ao seu redor se intensificou, formando um turbilhão de trevas que ameaçava engolir tudo.

“Fiquem juntos!” Victor ordenou, e todos se posicionaram, formando um círculo em volta da árvore, unindo suas energias.

Lucas sentiu a força da conexão entre eles aumentar. “Com a luz da árvore, repeliremos a escuridão!” ele declarou, e, juntos, eles canalizaram a energia, enviando um feixe de luz em direção a Morwen.

A luz atingiu a vampira, mas ela a bloqueou com um escudo de sombras. “Isso não é suficiente!” Morwen riu, sua voz ecoando na clareira. “A escuridão sempre encontrará uma maneira de prevalecer!”

“Não podemos desistir!” Clara exclamou, a determinação ardendo dentro dela. “Precisamos unir nossas intenções com todas as criaturas da floresta!”

Lucas lembrou-se da energia vibrante que sentira ao se conectar com a vida ao redor. “Concentrem-se! Chame as criaturas da floresta! Que a energia da natureza se una a nós!”

À medida que invocavam a força da floresta, uma onda de vida começou a emergir — pássaros, cervos e até mesmo pequenos roedores se uniram ao redor da clareira, atraídos pela luz e pela chamada de Clara.

As criaturas da floresta cercaram a árvore, formando um círculo de vida ao redor do grupo. A energia da floresta convergiu com a luz da árvore, e Lucas sentiu um poder avassalador. “Agora, vamos juntos!”

Com um grito uníssono, eles lançaram a energia combinada em direção a Morwen. O feixe de luz se tornou um torrente que avançava com a força de toda a vida da floresta.

Morwen tentou resistir, mas a onda de luz a envolveu, dissipando as sombras ao seu redor. “Isso não pode estar acontecendo!” ela gritou, enquanto a luz se intensificava.

A escuridão que a cercava começou a se desintegrar, e, finalmente, Morwen foi engolida pela luz, sua forma se contorcendo antes de desaparecer em um brilho ofuscante.

Silêncio. A clareira estava novamente iluminada, e a energia da árvore pulsava com um ritmo tranquilo, como se estivesse respirando. Lucas, Clara, Victor e Kael olharam ao redor, ainda absorvendo o que acabara de acontecer.

“Conseguimos,” Lucas disse, ofegante, um sorriso de alívio se formando em seu rosto. “Nós realmente conseguimos.”

“Foi a força da união que fez isso,” Clara respondeu, olhando para os amigos e para as criaturas ao redor. “E nunca devemos esquecer disso.”

Kael sorriu, os olhos brilhando de gratidão. “E agora, precisamos garantir que essa união permaneça. Precisamos ser os guardiões que a floresta merece.”

Victor assentiu, sua expressão séria. “O equilíbrio foi restaurado, mas devemos continuar vigilantes. Morwen pode ter sido derrotada, mas sempre haverá outras ameaças.”

Lucas sentiu uma onda de determinação. “Então, juntos, seremos os defensores da floresta. A nossa luta não termina aqui. É apenas o começo de uma nova era.”

Enquanto o eclipse se dissipava, o grupo se uniu em um abraço, celebrando não apenas a vitória, mas a força da amizade e da união que os havia guiado até aquele momento. Eles estavam prontos para enfrentar qualquer desafio que o futuro reservasse, juntos como um só.

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