Duologia LUNARES - Destinada ao Alfa
Almas destinadas sempre encontram o caminho de volta uma para a outra, não importa a distância ou o tempo que leve.
(Sinopse na introdução)
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(Uma semana depois)
Faz exatamente sete dias — uma semana inteira — que Daniel e eu estamos imersos em encontros românticos, e é impossível não destacar o quão cavalheiro ele tem se mostrado em cada um desses momentos. Cada gesto dele é como um sopro de ar fresco, e a forma como ele me trata me faz lembrar porquê me apaixonei por ele, mesmo após todos esses anos.
Tive poucas conversas com Ares, quase não mantemos meia hora de papo, o que está me deixando triste. Se não fosse por Daniel, estaria entrando em pânico sem ter o que fazer nesse fim de mundo que eu chamo de lar, e seus milhares de jeitos de me entreter. Encontros românticos são a melhor forma de esquecer tudo ao seu redor e gosto de esquecer por alguns momentos que minha vida mudou da água pro vinho em questão de minutos.
Estamos em um encontro nesse momento, em um restaurante à luz de velas, com uma atmosfera envolvente e romântica, com o suave som de uma música ao fundo, criando o cenário perfeito. Enquanto saboreio um delicioso prato de macarrão com almôndegas, não posso deixar de me perder em lembranças dos nossos encontros anteriores. Os almoços à beira do lago, onde o sol brilhava e risadas ecoavam pelo ar; os piqueniques sob as árvores, onde cada mordida era acompanhada por flertes sutis e olhares cúmplices. E agora, aqui estamos, desfrutando deste jantar que parece um sonho.
A cada olhar trocado, a cada palavra pronunciada, sentia que as barreiras que havia construído ao meu redor começavam a desmoronar, revelando um coração que ainda guardava espaço para ele. Era um sentimento agridoce, uma mistura de esperança e apreensão que me deixava inquieta e animada ao mesmo tempo.
— Você lembra do nosso último piquenique? — perguntou, quebrando o silêncio, seus olhos brilhando com a lembrança.
— Como poderia esquecer? — Sorri, minha mente imediatamente viajando para o dia em que ele quase transformou seu sanduíche em um prato de areia. — Você realmente precisa treinar suas habilidades culinárias!
A risada gostosa que ele deu, me mostrou que mesmo após tantos anos, Daniel ainda possuía o poder de fazer meu coração disparar como nos velhos tempos. O jantar prosseguiu, com a conversa fluindo de maneira natural e descontraída. À medida que os minutos se transformavam em horas, comecei a me permitir sonhar novamente, imaginando um futuro ao lado dele. Era como um retorno ao que um dia foi, mas com a maturidade e a compreensão que a vida me ofereceu ao longo dos anos.
Depois de terminarmos o prato principal, o garçom trouxe nossas sobremesas, junto a outra garrafa de vinho. Julgando a última vez que bebi esse tipo de álcool, eu já deveria ter parado na segunda taça. Mas estava tão delicioso, amo vinhos e saboreá-lo na presença de Daniel o deixou ainda melhor.
Porém, apesar de estar maravilhoso, deixo que apenas ele beba dessa garrafa. Vinho me deixa quente, Daniel e eu ainda não estamos prontos para dar um passo maior do que a perna, nem se quer nos beijamos, e pular direto pro sexo não é o melhor caminho.
