𝗕𝗟𝗢𝗘𝗗 𝗩𝗔𝗡 𝗖𝗛𝗔𝗢𝗦 | Amor e vingança

𓅓 • SODRA DIT BEGIN

sodra dit begin - uma vez que começa

NOTAS DO AUTOR(a)

AVISO

𝝨 - Esse livro contém: homossexualismo, dark romance, tópicos sensíveis para alguns públicos (estrupo, tortura, etc), mitologia grega e egípcia, linguagem imprópria.

📜 - A história é cheia de enigmas discretos e indiscretos, reviravoltas, traições. Será bastante presente fatos, falas e pessoas históricas, o livro vai retratar a verdade de um povo (costumes e cultura), críticas sociais e filosofias e estudos básicos da antiguidade.

Autor(a) - Coloquem a data, dia e hora que começaram a ler esta obra e no final faça o mesmo. Exemplo: (01/10/2025)
Boa viagem meu caro leitor, se encontramos no final desta obra e em outros universos frutos da minha mente fértil.

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Narrador

O sol surgia entre os grandes montes de areias, acordando toda Kemet, cujo significado é "terra negra" chamada pelos seus filhos egípcios. Seus raios iluminavam várias casas da capital de 𝗠𝗲̂𝗻𝗳𝗶𝘀 e sua imensas pirâmides. Homens se levantavam junto com suas famílias, os fazendeiro deixavam seus animais em liberdade para se banhar dos raios da manhã, outros homens separavam os bois para começar mais um dia de trabalho nas plantações e outros para a pedreira da civilização, as mulheres se preparavam para banhar seus filhos e lavar suas roupas no imenso Rio nilo, crianças corriam pelas ruas da cidade trazendo um pouco de inocência em meio aos adultos impuros, no palácio do faraó os sacerdotes se preparavam para ir ao templo de Karnak para agradecer em reza para a divindade suprema, Rá. Por sua proteção a suas terras durante a noite, do demônio Apófis, que segundo eles os ameaçava devorar toda sua terra. Entretanto um pouco distante dali da imensa cidade, uma pequena vila se concentrava perto dali e numa dessas casas existia uma bela jovem: Kéfera.

A jovem garota de pele negras, olhos negros marcantes, cabelos crespo e bem enfeitados. A mesma vinha de uma família de trabalhadores, pedreiros, sertões e até servos de alguma família de classe média, a moça tinha acabado de completar os quinze anos e era evidente sua felicidade em seu rosto, por não ter morrido antes disso por causa das condições de vida do seu povo e que sua inocência foi bem preservada e seu cuidado físico, mas mal sabia que alguém ansiava esse momento para acabar com sua toda inocência.

Kéfera

Parei de varrer o chão da cozinha para olhar a minha mãe que pegava a cesta de alimentos e suspirava de cansaço. ── O que aconteceu, mamãe?

── Acabou as verduras, eu vou lá comprar e você vai cuidar da comida. ── Falou à mulher que sua face deixa claro que chegava à terceira idade para si.

── Não, deixa que eu vou lá, a senhora fica cuidando da comida, eu irei voltar mais rápido. ── Os olhos da mulher estreitaram-se e seus braços cruzaram à minha disposição.

── Deixe que eu vou, é perigoso demais para uma moça como você andar por aí sozinha e ainda mais a esse horário.

── Vai mamãe, eu dou conta disso. Já sou vista como adulta e eu tenho que aprender a me virar sozinha e você não quer que eu coloque fogo na casa, né? Sabe que não sei ainda cuidar direito da comida. E também eu irei provavelmente encontrar com meus irmãos e meu pai na volta da pedreira, eu estou protegida com os deuses, deixa por favor!! ── Implorei com a voz manhosa, juntando as minhas mãos e um bico se formou em meus lábios.