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Calum POV

Vou até à caixa, onde encontro Michael. Este regista o cd e diz-me o seu valor. Pego na minha carteira e retiro o dinheiro necessário e entrego-lhe. Pego no pequeno saquinho onde continha a pequena caixa do cd. Abro a porta do estabelecimento e o som do pequeno sino faz-se ouvir.

"Que som mais irritante, coitado de Michael, que passa aqui o dia todo."- penso para mim.

Encosto-me a um muro, perto do estabelecimento, de onde tivera saído anteriormente. Tiro do meu bolso um maço de tabaco, retiro de lá o último cigarro que tinha. Levo o cigarro aos meu lábios, prendendo-os entre os mesmos. Pego no isqueiro, acendo-o, formando uma pequena chama, sendo visível pelos meus olhos. Levo essa pequena chama até à ponta do cigarro, acendendo-o. Inspiro, fazendo o fumo entrar para os meus pulmões, matando-me mais um pouco, lentamente. Expiro, fazendo o fumo, proveniente do cigarro, sair dos meus pulmões e sair para o exterior.

Vejo um ser a sair da loja, onde anteriormente tinha estado, vejo uma rapariga baixa, de cabelos longos castanhos e pele morena. Estava vestida com umas calças justas pretas, uma t-shirt preta e umas sapatilhas igualmente pretas. Tudo preto. Esta era a rapariga da loja, ela era linda.

(Eu)- Gosto da tua t-shirt. Arctic Monkeys, boa escolha.- digo assim que a pequena rapariga passa à minha frente.

Esta olha para baixo e visualiza a sua t-shirt. Volta a olhar para cima e vira-se para mim.

(Xx)- Obrigada.- agradece.

(Eu)- Já percebi que tens o mesmo estilo de música.- digo.

(Xx)- Rock.- diz e eu assinto.

Vira novamente o seus calcanhares e volta ao seu caminho, deixando-me aqui sozinho a acabar de fumar o meu cigarro.

Acabo de fumar o meu cigarro deito-o para o chão, pisando-o logo de seguida com o meu pé. Desencosto do muro e pego outra vez no pequeno saco, que tivera pousado em cima do murro, para fumar.

Sigo o meu caminho para casa, onde provavelmente o meu melhor amigo já está à minha espera.

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(Xx)- Estava a ver que não.- diz o meu melhor amigo assim que me vê.

(Eu)- Sempre paciênte, num é senhor Fletcher?- gozei com o seu nome do meio, pois sabia que ele não gostava.

(Xx)- O meu nome é Ashton, seu gay.- diz levantando-se da beira do passeio, onde estava sentado.

(Eu)- Como queiras Irwin.- dou de ombros.

Este sacode as pequenas pedras das calças. Os passeios são feitos de cimento, ao longo do tempo vão se desgastando, fazendo com que pequenas pedras de cimento, se formem.

Um ser passa mesmo ao meu lado, fazendo com que os seus cabelos longos e morenos envantam nos meus braços. Rapariga. Olho fixamente para essa rapariga, vendo-a a retirar as chaves da sua casa, ao lado da minha, e entrando na mesma. Calma, aquela era a rapariga da loja, que também minha vizinha. Como é que eu nunca reparei nela? Isso agora não interessa.

(Ashton)- Cal? Calum? Thomas? Hood? CALUM THOMAS HOOD.- ouço Ashton a girtar pelo meu nome.

(Eu)- Que queres?- pergunto seco.

(Ashton)- Conhecias a rapariga? É que ficas-te colado nela.

(Eu)- Eu "conheci" esta rapariga na loja de cd's, quando fui comprar o meu novo cd dos ACDC.- faço aspas com os dedos na palavra conheci, pois eu nem o nome desta sei.

(Ashton)- Muito bem, mas vamos ouvir então o cd, ou vamos ficar aqui fora a ganhar raízes?- pergunta e eu rio-me juntamente com este.

Encaminhamo-nos para a porta de entrada e eu abro esta com as minhas chaves.

(Eu)- As senhoras primeiro.- digo e faço um gesto à cavalheiro.

(Ashton)- Muito obrigada meu gayzinho.- entra e quando passa por mim aperta-me uma bochecha.

(Eu)- És mesmo gaja.- levo a minha mão à bochecha que tivera sido apertada.

(Ashton)- Se fosse gaja, não tinha o mini Irwin.- resmunga da sala.

(Eu)- Podes ter feito uma operação.- digo quando chego à sala onde este se encontra.

(Ashton)- Nem nos meus sonhos, nem nos teus, nem dos de ninguém.- diz com cara de aflito fazendo-me soltar umas gargalhadas.

Sentamo-nos os dois no sofá preto, da minha sala. Ficamos os dois a olhar para o ecrã da televisão, desligada.

(Eu)- Queres alguma coisa para comer ou assim?- pergunto acabando com o silêncio.

(Ashton)- Não, obrigada.

Passa-se algo com Ashton. Ele pode estar a sorrir, a brincar e parecer feliz. Mas os olhos dele não dizem isso, dizem que este se encontra preocupado e stressado.

(Eu)- Conta.- digo.

(Ashton)- O quê?- pergunta confuso.

(Eu)- Eu sei que estás preocupado com algo, que se passa?- digo olhando para si.

(Ashton)- Já me conheces tão bem.

(Eu)- Já te conheço à muito tempo, Ashton. Mas conta logo.- pedi.

(Ashton)- Estou com medo, pois eu convidei Anna para ir a um encontro comigo hoje, tenho medo de que algo possa correr mal, como da outra vez.- conta.

Anna é a paixão de Ashton. Anna é uma rapariga baixa, pele clara, cabelos loiros e olhos verdes. É uma rapariga simpática e alegre. É a rapariga ideal para Ashton.

(Eu)- Achas que o ex-namorado dela vai voltar à aparacer? Isso aconteceu uma vez, não significa que volte a acontecer. Tu não podes ter medo de sair com a tua paixão só por causa desse gajo. Não te preocupes.- tento ajudar o meu amigo.

Da primeira vez que eles tiveram um encontro não correu lá muito bem, porque parece que o ex-namorado de Anna apareceu.

(Ashton)- Obrigada meu.- agradeçe.

(Eu)- Vamos ouvir o cd, ou não?- mudo de assunto.

(Ashton)- Pode ser.

Unknown Neighbors Onde histórias criam vida. Descubra agora