Festa na Ilha

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Eu sinto muito por esse capítulo horrível! Eu odiei tudo nele, não estou satisfeita com o que eu escrevi mas não podia deixar vocês sem capítulo novo. Então desde já sinto muito pessoal, realmente não dei o meu melhor nesse capítulo mas tentarei melhorar nos próximos.

Boa leitura a todos.

...

O sol filtrava seus raios pela janela, iluminando o quarto com uma luz suave. Rio despertou lentamente, sentindo uma leve pressão na cabeça, onde um curativo estava firmemente amarrado. A lembrança da noite anterior veio como um flash: o precipício, a decisão angustiante de pular para provar seu amor por Agatha. Um misto de dor e alívio a envolveu ao perceber que estava viva.

Virou-se lentamente e viu Harkness sentada em uma poltrona ao lado da cama, com os olhos pesados de cansaço, mas atentos. Ela havia passado a noite acordada, vigiando cada movimento de Rio como se sua vida dependesse disso. A expressão de Agatha era um emaranhado de preocupação e ressentimento.

Tentando se levantar, Vidal fez um movimento suave, mas a voz firme da policial a deteve.

— Não se mexa — disse, seus olhos se estreitando. — Você precisa descansar.

Rio sorriu levemente, mesmo com a dor pulsando em sua cabeça. Era irônico que aquela mulher que há dias vem lhe crucificando agora estivesse ali, cuidando dela com tanto zelo.

— Eu preciso me levantar, tenho coisas a fazer... — começou Vidal.

— E eu preciso que você fique quieta — interrompeu Agatha, cruzando os braços. O tom dela era sério, mas havia um brilho de preocupação que não podia ser ignorado.

— Eu não sou mais aquela mulher frágil que você conheceu — disse Rio, tentando adotar uma postura confiante mesmo com a cabeça latejando.

Harkness soltou um riso seco, repleto de sarcasmo.

— E eu não sou mais a garota ingênua que acreditava nas suas promessas. Você realmente se jogou do precipício por mim?

A pergunta pairou no ar como uma condenação. O silêncio entre elas era denso e carregado de sentimentos reprimidos. Cada uma lutava contra seus próprios demônios enquanto as sombras do passado dançavam ao redor delas.

— Eu fiz isso porque te amo — disse Vidal finalmente, sua voz baixa e sincera.

Agatha olhou para ela, os olhos reluzindo com uma mistura de raiva e tristeza.

— Amar não é suficiente para apagar o que aconteceu entre nós. Você me deixou sozinha quando eu mais precisei de você.

Rio sentiu o peso das palavras como um golpe direto no coração. Sabia que não tinha como mudar o passado, mas queria desesperadamente encontrar um caminho para a redenção.

— Estou aqui agora — disse, a determinação crescendo dentro dela. — Estou lutando por pessoas que precisam de ajuda. Eu só quero fazer as coisas certas desta vez.

Agatha hesitou por um momento, seus olhos buscando os de Rio em busca de sinceridade. A tensão entre elas era quase elétrica; cada palavra trocada carregava o peso das memórias e das esperanças perdidas.

E ali estavam elas: duas mulheres marcadas pelo passado, lutando contra o destino enquanto tentavam encontrar um caminho para o futuro incerto que as aguardava.

Rio olhou para Agatha, sua mente ainda confusa, tentando processar o que havia acontecido. A lembrança do salto parecia distante, quase como um sonho.

— Eu não lembro de muita coisa depois que pulei — disse a mais nova, a voz trêmula.

DEVOÇÃO • Agathario Onde histórias criam vida. Descubra agora